sexta-feira, 1 de julho de 2011

Tu compreenderás que a tua é a única no mundo.


Eu prometi que atualizaria isso aqui há algumas semanas, mas, como percebe-se, não o fiz. O fato é que a inspiração tem me deixado a ver navios, barquinhos e até canoas. Falta eterna de ter o que dizer? O contrário talvez, até porque se eu falo demais, escrevo demais, por conseqüência penso mais ainda, ou deveria.

De fato não ando a mais animada para comentar as banalidades e peculiaridades da vida cotidiana(percebi isto quando empaquei no meio dos meus ensinamentos sobre o casamento e afins). Não ando também muito excitada para conseguir terminar um conto erótico (sim, comecei um ontem, na faculdade, então as pessoas começaram a chegar e isto foi me deixando sem graça e não quis ouvir a pergunta ‘O que está fazendo? Posso ver?’ HAHA). Nem ando contagiada ao ponto de terminar a minha versão dos fatos pelos quais Beethoven e sua amada imortal se conheceram, se apaixonaram e, aparentemente, morreram longe um do outro.

A real é que parece que ando sentindo poucas coisas ultimamente e, por isso, minha inspiração escapa entre os dedos, como pequenos grãos de areia(Ok, isso é uma referência ao ‘I’m slipping through them like a tiny grain of sand’, da música ‘Everything’ do Stereofuse.), ou talvez eu esteja escapando das mãos do destino e me privando de um monte de coisas que seriam, no mínimo, dignas de vivenciar.

Há quem diga que santo de casa não faz milagres; que conselhos se fossem bons, seriam cobrados e não dados. Mas contrariando estes ensinamentos passados por diversas gerações, desde a época que minha tataravó não usava calcinhas e sim ceroulas de babados, darei alguns conselhos a minha digníssima pessoa.

Então alguém dirá ‘Isso parece coisa de louco?’ e eu direi que ando lendo um livro do Sidney Sheldon, ‘Conte-me seus sonhos’, e nele a mulher tem três egos e é capaz até de se odiar, conversar com ela mesma e afins, então por que diabos não posso escrever uma carta a mim mesma e dizer o que penso? Depois eu que sou louca nessa budega HAUAAHAUAHAAUA.

Enfim, baixando o espírito da Andie Anderson Fortress-Hiénák Vitiate, casada com minha sofredora Sophie Von Beethoven Vitiate e misturada com Fiona Vitiate, lá vai esta carta. Se ficar ruim, quem vai ler sou eu, então envio de volta, contando os erros de português.(plim*)


Somewhere only we know, 1º de julho de 2011.

Minha estimada Cathy,

Há muito não te escrevo, não é? Talvez a ultima vez tenha sido em um daqueles diários, que hoje em dia apenas fazem parte de lembranças que guardou, para eventuais ataques de saudosismo.

Sinto que anda aflita, tantas questões, tantos obstáculos e tudo acaba soando difícil demais ou um sinal divino para que se esconda debaixo de uma pedra e nunca mais saia dali. Talvez todas as pessoas passem por isso, ou talvez só você tenha que passar por isso, mas há quem diga que não há fardo que não possa carregar sozinha, certo? É, pode ser que sim, minha querida, não posso te dar certezas.

Na verdade, sou a pior pessoa a te aconselhar sobre qualquer coisa, qualquer dilema, visto que sou o lado que grita e esperneia e você nunca escuta.

A teimosia sempre fez parte de você e sabe disso. Sabe que pode estar errada, constatar isto e de fato bater o pé que está certa, só pelo prazer de ver o outro lado esperneando enquanto te mostra que está errada. A teimosia tem suas vantagens, é o que te faz ir pra frente, mesmo quando lá dentro, algo te puxe e mande deixar ver a vida passar. Vê como nem todos os defeitos são de todo ruins?

E a incerteza a cerca de suas escolhas? Escolhas essas que te correm dia a dia, pois não sabe se cada uma delas te levará a um lugar melhor, ou pior. As escolhas abrem um leque de possibilidades que não teria, caso se mantivesse estática diante da vida. As possibilidades podem te fazer ser o que quiser, quando quiser, mesmo que precise de um caminho mais árduo para alcançar sua estrela dourada.

Sei que pensou em desistir, sumir do mundo ou até mesmo em se atirar da primeira ponte que aparecesse, mas é bom saber que não o fez e espero que não o faça. Acima de tudo, por você, pelo que é e pelo que pode ser, minha querida.

Sei também que olha pros lados e não vê algum lugar sólido o suficiente para apoiar-se e desabar, só para variar, largando a tal pose de durona para trás. Nem sempre precisa ser a Espartana, a rainha da falta de coração. Você pode chorar, espernear, bater os pés e dizer que odeia o mundo. Você pode ter as fossas mais épicas do universo, ver os filmes mais tristes do mundo. E pode fazê-los sozinha também. Se bem que, tecnicamente eu estarei contigo, mas não precisa ter medo que tais crises vão te deixar para sempre sozinha. Sempre aparecerá alguém, eventualmente, pra passar a mão em sua cabeça e dizer ‘Calma, tudo vai ficar bem.’

Sei também que o apoio faz falta no vácuo que se forma dentro de você, cada vez que sente e reprime algo, tudo porque tem medo de incomodar as pessoas. Pense que não colocar para fora, pode te matar um dia. Despeje tudo, em papéis, no silêncio do quarto a noite, nas palavras ditas a brisa que vem do mar, em qualquer lugar.

O mundo é um lugar estranho e esquisito e talvez demore a entendê-lo, mas a verdade é que poucas pessoas de fato o compreendem. Mas vai ficar bem, Andie, vai sim.

Não tenha medo de ficar sozinha, eventualmente, acontecerá como no Pequeno Príncipe. Alguém sempre a verá de longe, dia a dia esta pessoa se aproximará mais, então uma cativará a outra e o ciclo começará novamente. Caso venha a chorar quando tal pessoa se afastar, lembre-se que “A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...”

Fique bem, minha linda. Não se esqueça que tudo eventualmente ficará bem.

Um beijo na ponta do nariz.

domingo, 12 de junho de 2011

'Cause you love and you bleed [2]


Existe uma pessoa, que há pouco tempo conheci, que tem um carinho especial por minha personagem mais adorada, especialmente pela história que envolve sua vida louca e a de um policial bêbado chamado Van Ray. Confesso ter negligenciado tal história, talvez pela vontade absurda que tenho de guardá-la só pra mim, já que fui parte da história e vi tudo de camarote. Dois anos e meio se passaram e a história ainda me fascina e traz a tona uma série de coisas que pensei ter esquecido. Talvez esta seja a sensação de que tudo entre Andie e Van tenha terminado sem de fato ter terminado. É fato que ela ainda pensa nele quando sente o cheiro de café torrado, ou quando vê um quindim(porque era o doce capaz de melhorar o ânimo dele e dela instantaneamente), ou de cigarros mentolados (tudo porque ele costumava dizer que cigarros mentolados eram coisas de boiolas), ou quando simplesmente escuta Gavin DeGraw, porque, ah... porque sim.

Andie e Van teriam vivido pra sempre juntos(neste caso seria sempre mesmo), se não possuíssem uma válvula de auto-sabotagem inserida em seus cérebros.

Ela não acreditava em sorte, nem acreditava em se arriscar, nem na possibilidade de conseguir cativar qualquer pessoa a sua volta sendo exatamente a bagunça que era o tempo todo, então apareceu alguém que simplesmente ria daquela bagunça toda, de toda a fragilidade que ela tentava esconder por trás do sorriso constante estampado em seu rosto, ele dizia que era lindo tudo aquilo. Ele era movido na base do 8 ou 80, acreditava na intensidade e que ela devia ser aproveitada, não acreditava que merecesse carinho ou qualquer sentimento bom vindo de qualquer pessoa, uma vez que dizia que tinha feito tanto em sua vida que estava fadado a ser rei do inferno e conheceu Andie, que não ligava pro passado dele e para o fato de que ele era um emaranhado de experiências passadas, que o tornou único.

Eles se chocaram ao acaso, descobrindo laços que remetiam a anos muito mais distantes do que se pensava. O acaso virou história, o acaso tornou-se um conto, não de fadas, porque nenhum dos dois acreditava nestas coisas e, acima de tudo, o acaso foi vivido da maneira mais intensa possível.

Nem tudo é simples, até mesmo na “quase ficção” e esta história dá muitas voltas até o fim que ern... evito escrever. Uma vez que não se fala ou escreve sobre ele, é sinal de que ele não aconteceu, certo? É um bom ensinamento pra vida, gente. HAHAAHA

Então me perguntarão: qual foi o desfecho da história contada em " ‘Cause you Love and you bleed [1]”? Tudo terminou ali? Ela esperando que ele voltasse enquanto remoia as escolhas feitas certa vez?

Não, a história não terminou assim. Ocorre que depois de algum tempo esperando, Andie viu que precisava reagir, tomar outros caminhos e perseguir outros objetivos. María Elena ajudou-a na tentativa de enchê-la com o máximo de martinis que conseguisse, adoçando a empreitada com espanholas feitas com o vinho mais fajuto encontrado nas prateleiras de um supermercado, alem de uma trilha sonora digna de suicídio, com todas aquelas músicas que arrepiam até a alma. Nos dias seguintes, Andie lembrava-se de pouco, afinal a dor de cabeça e a ressaca acabavam virando sua única preocupação nas duas semanas que se passaram.

Andie não gostava de incomodar ninguém e ficou todo este tempo na casa de María porque ali parecia mais seguro do que entrar em seu apartamento, tão cheio de lacunas, tão vazio, com fantasmas de tempos mais áureos andando de um lado para o outro.

Após este tempo abusando da hospitalidade de María, resolveu que precisava dar uma sacudida e partir para novos mundos e, quem sabe, conhecer gente nova.

As boates pareciam as mesmas de sempre: mulheres colocando todas suas armas pra fora (enquanto umas mostravam ousadia em um decote, ou um vestido curtíssimo, outra arriscavam na sutileza do esmalte ‘Vermelho, hoje to na pegada’ ou num batom ‘Rosa, pegael’) e os caras como leões, estufando seu peitoral e sacudindo suas jubas, enquanto confabulavam sobre quem deveriam tentar vitimar com suas cantadas treinadas em frente ao espelho do banheiro.

Ela arriscou e se jogou, levemente desengonçada, como sempre, tentou arriscar pequenos passos de dança, enquanto cantarolava a canção escondida embaixo do tuntz tuntz frenético.

Encontrou algumas pessoas conhecidas, trocou meia dúzia de palavras e disse para si mesma que só sairia daqui quando o sol resolvesse raiar. E assim o fez, só saiu dali depois de conhecer até os faxineiros do local, uma vez que apenas ela e eles sobraram no local depois das 6 da manhã.

A sensação de liberdade e de estar viva fizeram bem a ela, ela podia fazer o que quiser novamente, mesmo que, naquele momento, ela não soubesse o que diabos isso significava.

Os dias passaram, ela tentou achar novas facetas dentro dela: a ousada, a desapegada, a sem rumo, a segura, a nada segura e em cada noite do mês seguinte, ela arriscou uma dessas, vendo e analisando tudo que vinha de feedback no fim da experiência.

Ela seguiu em frente, sem deixar de pensar no que poderia ter sido se a porta um dia abrisse novamente. Era seu segredo, afinal, a única testemunha disto era seu peixinho, Thor.

Meses se passaram e com eles, várias pessoas, vários rostos, várias personalidades, mas nenhuma chegava perto do que ela esperava. Então a voz de Van acabava ecoando em sua cabeça “Depois que se prova o melhor e mais puro, é difícil se contentar com a segunda opção.”

A porta de fato não se abriu, mas a janela sim.

Era um dia nublado e preguiçoso, ela ligara para seu trabalho dizendo que estava com muita cólica e nem do sofá conseguia levantar. Mentira pura, mas o suficiente para a editora infernal da revista parasse de amolá-la, cobrando-a sobre a matéria “Como perder um homem em 10 dias”. Ela sabia de cor, apenas se fez de rogada para escrever tal matéria, evitando cutucar o que encontrava-se quieto.

Na televisão passava uma maratona de filmes de terror, ao seu lado encontrava-se uma vasilha cheia de carolinas e em seu colo estava um caderno, que rabiscava trechos de músicas que passavam em sua cabeça, enquanto tentava iniciar um caderno de cartas, daquelas nunca enviadas, que um dia viram um célebre livro, mostrando a vida de alguém que as pessoas de fato se interessariam em conhecer.

No filme, a moça corria pela floresta(porque em todos a idiota corre pro escuro ou para o meio do mato), enquanto um louco com uma faca a perseguia e Andie pouco se importava, até olhar pela janela e ver uma pessoa parada em sua janela. O grito foi escandaloso enquanto ela tentou pular do sofá para se esconder e tudo que conseguiu foi tropeçar na coberta e cair estatelada no chão. Em meio ao medo, ela olhou para a janela e viu a pessoa do outro lado rindo da cena.

Aquele sorriso... o sorriso capaz de provocar o adiantamento da primavera, de se mostrar mais divertido do que uma ida a um parque de diversões e capaz de causar erupções dignas do Vesúvio. Andie não precisaria perguntar quem era, mas ela o fez mesmo assim:

- Quem é você?

- Sou eu, Andie, o Van... – A voz dele tentava controlar o riso, que se misturava com o toque de receio que veio em cada palavra proferida.


- A porta não é mais uma opção? – Ela perguntou enquanto engatinhava para perto da janela, levantando-se logo em seguida.

Ficar frente a frente com ele fez seu mundo dar três voltar e retornar a onde ela estava. A sua pose era a de quem tinha o controle da situação, quando na verdade, por dentro cada pequeno órgão seu tremia.

- Acredito que pediria ao porteiro para que me mandasse ir para lugar inimaginados e que não voltasse mais, mas eu não podia... – Ele continuaria, caso ela não tivesse tão concentrada do outro lado, tentando soltar a tranca da janela. Ele abaixou a cabeça e riu, falando calmamente – Como você consegue ter problemas até com uma simples janela, guria?

- Sabe que este é meu charme e mais, é esta tranca que está quebrada, não é minha culpa. – Ela armou um bico enquanto tentava abrir a janela de todo jeito.

- Já tentou apenas levantar a tranca e não puxá-la? – Ele sabia que funcionaria.

Ela arqueou a sobrancelha e fez o que ele disse, finalmente abrindo a janela, deixando que o vento frio daquele dia entrasse na sala. Ela não esperou que Van entrasse e logo se dirigiu ao sofá, enrolando-se na coberta, enquanto esperava que ele se acomodasse.

Ele se ajeitou no sofá, enquanto o silêncio dominou os dois. Ninguém queria começar, era difícil demais. O nó encontrava-se preso na garganta dos dois e tudo que se dignaram a fazer foi olhar o filme, onde mais alguém tinha morrido, como ocorria nos clichês hollywoodianos.

Ela encolheu-se em seu canto, pondo os pés em cima do sofá, prendendo os joelhos com os braços, ela quis sorrir ao ver que ele estava bem de fato, mas preocupou-se ao constatar o tamanho das olheiras dele e o quanto parecia magro e cansado. Era estranho para Andie calar-se, ela sempre teve o hábito de falar mais do que uma vitrola. Para sua surpresa, ele quebrou o silêncio:

- Eu te devo tanta coisa, Andie... – Ele parecia lutar para que cada pequena palavra saísse de sua boca. – Eu sei que acredita que sou um maldito e mais um monte de outras coisas...

- Eu te xinguei de coisas piores, confesso... – ela interrompeu, com um meio sorriso.

- Eu mereço, eu sei. Ensaiei para vir falar contigo por muito tempo, porque sinto que precisava te dizer algumas coisas. – Ele respirou e continuou a olhar para a televisão – Eu quis voltar, Andie. Mas eu não podia, sabe? - Ele olhou para ela com aqueles olhos, ah aqueles olhos de uma profundidade sem tamanho.

- Por que não podia, Van? Era tão ruim assim? – Ela desviou os olhos para o chão, encolhendo-se ao vislumbrar uma resposta positiva.

- Não, Andie, não era por ser ruim. Eu sou ruim, entende? Eu te enganei em detalhes da minha vida que não deveria, mas não fui homem que conseguiria dizer não para você, quando era você vindo em minha direção. – Ele parou e se aproximou um pouco dela, que se retraiu mais ainda. Ela sabia que tinha em si a habilidade de esquecer o que as pessoas faziam facilmente e Van Ray, bom, Van Ray era sua fraqueza desde o primeiro minuto.

- Talvez se tivesse dito, tudo estaria bem. Ainda esperaria por nossos encontros esporádicos, como bons amigos e tudo ficaria bem. Acredito que me conhece o suficiente para saber que quase tudo para mim vira um amontoado de risos. Já iss... – Van Ray chegou mais perto, desta vez encostando a mão no queixo dela, fazendo com que ela olhasse para ele. Ela tentou se controlar, mas era chorona e logo não agüentaria, sabia disso.

- Andie... pare com isso e deixe que eu diga o que quero? – O rosto dele se aproximou mais dela, ela pôde então sentir o cheiro de cafeína do hálito dele, imediatamente Andie fechou os olhos, enquanto um pequeno filme passou em sua cabeça – Você tem essa pose de que tudo está ótimo, tudo está perfeito, quando por dentro é frágil, evita se arriscar por medo de se machucar e se priva das coisas. Eu sei disto, te conheço o suficiente para saber este detalhe seu. Não quis te machucar, sabe? Não foi esta a intenção, em momento algum. Tive vergonha de reaparecer, sabendo que conhecia coisas que de fato fariam com que quisesse que eu ficasse longe de ti.

- Van, sabe qual foi a única coisa que precisei neste tempo todo? Que você entrasse por aquela porcaria de porta, sentasse em minha frente e dissesse a verdade, nada mais que isso. Eu posso conviver com a verdade, eu não sou tão frágil como pensa. Talvez eu até seja, não sei, mas sei fingir bem que não sou. – Seu cenho enrugou, enquanto seu queixo encontrava-se levemente trêmulo segurando o nervosismo.

- Eu já disse que tive vergonha de falar contigo e sabe por quê? Porque pela primeira vez, perdi meu sono. Eu nunca perco meu sono com as outras pessoas. Como costumo dizer, fui criado na selva, enquanto mato um leão por dia, mais um, menos um, não faz diferença para mim. Mas você, Andie... – Ele suspirou e ela se manteve impassível – Você é diferente. Eu não sei exatamente o que é, mas sei que é diferente, tem uma inocência em você que me cativa e impressiona. É como se fosse impossível fazer algo a você sem de fato incomodar.

- Sabe, isto até deve ser verdade. María Elena diz que fui uma das únicas pessoas que ela não conseguiu fazer maldade e olha que ela pode ser péssima com as pessoas – Ela riu como uma boba e depois ficou séria – Desculpa, eu não sei ficar neste clima pesado muito tempo. Foi só pra descontrair.

- Está vendo? Você é diferente e eu não sabia como olhar pra você.

- Sabe, Van? A culpa não é toda sua, eu tive culpa nesta história. Eu fui precipitada, eu podia ter sido menos intensa, mas achei que seria bom tentar algo diferente, ser ousada, apenas para variar. E eu errei também. Mas confesso que pensei numas 30 formas diferentes de te arremessar pela janela a hora que você voltasse, já que não posso mais comer quindins sem chorar. Eu só fico feliz em saber que você está bem. – Ela sorriu, tentando acabar com a atmosfera pesada que pairava na sala.

- Pequena... eu senti tanto sua falta. – Disse enquanto olhava para ela.

- Eu senti a sua, Van – A cabeça dela encontrava-se dominada por dezenas de pensamentos e o estômago cheio de borboletas enquanto seu coração soava como a bateria de uma escola de samba.

A conversa dos dois mudou o rumo e logo estavam falando de banalidades, sem de fato esquecerem o que tinham dito anteriormente. Ambos tinham muito a ponderar, quando estivessem sozinhos. Naquele momento, apenas curtiam a “não ausência” um do outro, evitando passar por assuntos que tocassem nas feridas, tão abertas e expostas ainda.

Este ainda não é o fim, prefiro protelar mais um pouco para contar os caminhos cruzados antes que Andie e Van mudem seus caminhos e acabem não se encontrando mais. A intensidade da relação dos dois é enraizada demais nesta pobre escritora, para que acabe saindo com a facilidade necessária.

É o que tem pra hoje, pessoas. Divirtam-se. Logo vem mais, tenham fé. HAUAHAAUA

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Então

Hoje vou atualizar meu blog marginalizado, é tudo que precisam saber.
Ok, precisam saber também que David Cook é tudibão e até receber o CD dele, terei uma síncope. HAHAHA Tá, parei de tietar.


See yah later. ;*

domingo, 13 de março de 2011

Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars?

Hoje estava em minha rotina preguiçosa, quando esbarrei em duas músicas. Sim, sempre elas. Não sei se elas esbarraram em mim ou se eu as achei. A verdade é que parei pra pensar em coisas que tem me feito falta de uns tempos para cá.

Sempre gostei de observar o que ocorre em volta. Ser a garota que fica no canto enquanto as outras dão seu melhor para serem notadas. Olhar as atitudes alheias sempre foi meu forte, é interessante como se pode refletir a cerca de cada uma delas, especialmente quando se vê tudo de fora. Enfim, ser espectadora da vida soa melhor quase sempre.

Não posso dizer que vi muito, mas também não direi que quase não vi nada, porque eu vi. Vi o suficiente pra dizer o que direi nestas linhas que só eu vou ler.

Existem coisas que nunca pensei ter vontade de possuir ou almejar. Na verdade, sempre me achei imune a muita coisa, talvez por ser auto-suficiente demais. Gosto da perspectiva de ser, fazer e sentir aquilo que acho que devo, não o que o resto iria desejar que eu fizesse. Gosto de pensar que mando em todo sentimento que tenho e que, por isso, sou imune a determinadas coisas. Entretanto, algumas delas tem me feito falta ultimamente e finalmente estou chegando no foco deste texto.

Até meus 15 anos, acreditava que existia um príncipe encantado que viria e me mostraria que existem todos esses sentimentos melosos que Deus e o mundo diz. Então ele não veio. Mantive meu coração intacto. Ok, não tão intacto, sempre tive um problema. Sempre fui adepta de paixões tórridas e platônicas. Apaixonava-me (e ainda o faço) pela idéia que criava das pessoas, personagens e afins. Apaixonei-me por milhares de professores, tudo porque adoro ser ensinada e uma pessoa mais inteligente que eu desperta meus sentimentos, que culpa tenho eu? Apaixonei-me por personagens, figuras históricas, celebridades. Cada paixão platônica se manteve viva enquanto minha cabeça quis. Era interessante e ainda é. O fato de todos eles serem intocáveis era o suficiente para que me apaixonasse. As paixões platônicas são efêmeras e desaparecem sem efeitos colaterais, uma vez que elas são lindas do começo ao fim e a realidade nunca as estraga.

Então até meus 20 anos acreditei que um dia, um ser normal apareceria e me mostraria que existem coisas boas além das perspectivas nada otimistas dos relacionamentos reais e a taxa de separação na sociedade moderna. Ele não veio também. Meus amores platônicos sempre me acompanharam e para mim, sempre foi suficiente. Dos 18 até os 19 e uns quebradinhos aproveitei a vida de maneira absurda. Não tem tempo ruim quando a vida é plena. Momis costuma dizer que tudo na vida tem prioridade determinada pela fase que se passa.

Cheguei aos 20 e poucos e hoje em dia não espero nada. Minha sábia mãe, mais uma vez, disse que existem coisas que quanto mais se espera, mais demora pra chegar. Então paguei pra ver, certa vez e em um curtíssimo espaço de tempo vi que não tinha nada ali pra mim. Não era o que ‘não’ esperava. Então isso passou e chego nos dias de hoje. E assim sendo chego no meu dia preguiçoso e explico onde quero ir de fato.

Passei dos 20, observando e sentindo nada, mas sabe a coisa que mais me admira nas relações, tão superestimadas, amorosas? A sutileza que existe entre os apaixonados. É tão bonito de ver, que quase chega a me encantar (No fim do texto, parecerei uma vaca sem coração por não parecer acreditar em metade dessas coisas, but who cares? Yeah, that’s what I thought.).Ok que acho lindo também os filmes mais melosos do universo, com histórias absurdas, choro 40 cataratas com eles e com livros da mesma linha e assim por diante, mas a ficção podje né? Enfim, voltando ao foco e agora me manterei nele.

Sutileza. Sim, a sutileza deu ensejo a tantas músicas, tantos livros, tantos filmes. Não é só o sentimento em si que faz com que as histórias nasçam, é necessária a delicadeza que surge junto com a paixão, amor. Pensando ao ouvir minhas duas tão faladas músicas, acabei recordando de tantas outras, tão cheias de sentimentalismo e mais sutilezas. Então me perguntarão onde estão as tais sutilezas, que repeti 30 vezes em menos de 10 linhas. A titia diz...

Os sentimentos desse tipo nascem com a sutileza. Dois estranhos se conhecem, tendenciosamente, e em algum momento se apaixonam e pronto. O que ninguém se atenta é que a possível primeira faísca nasce com um toque acidental das mãos, um olhar diferenciado que dá aquele arrepiozinho na nuca, um abraço um pouco mais demorado, um sorriso num momento inesperado. Os tais pequenos detalhes também estão presentes o tempo inteiro naqueles amores que supostamente aparecem do nada, seja entre melhores amigos, piores inimigos e afins. É sempre uma palavra que faz a diferença e não o texto inteiro. É sempre uma flor que muda a perspectiva toda e não o buquê enorme. É sempre obilhetinho meio amassado que é colocado dentro do livro que faz todo o sentido e não olivro. As sutilezas crescem junto com os sentimentos tímidos, contidos, inseguros.

Então os apaixonados inseguros se declaram e finalmente ficam juntos. A sutileza acaba? Na verdade não. Ela continua ali, entretanto ela adquire uma nuance mais intimista, mais aconchegante aos dois. A empolgação continua ali, pelo menos deveria continuar, mas as atitudes que fazem a diferença parece tão mais do casal do que de qualquer um que pareça estar prestando atenção.

Os casais criam um mundo paralelo, mesmo quando estão em meio a uma multidão. Não existem toques acidentais mais. Ela entrelaça os dedos dela nos dele e o carinho com a ponta dos dedos é um jeito bobo e singelo de dizer que ela está ali com ele, mesmo que ela esteja prestando atenção numa conversa do outro lado da rua. Ele beija carinhosamente o ombro dela enquanto os braços dele se apertam contra a cintura dela, mostrando estar ali também. Eles sorriem com piadas que só fazem sentido para eles. Com um olhar tudo parece ser entendido. Eles cochicham segredos tão deles quanto os batimentos cardíacos alteradosquando estão juntos. A ponta do nariz roça pelo pescoço um do outro, tão familiarizado com o cheiro um do outro. Ela beija a ponta do nariz dele, só para fazê-lo rir. Ele beija o pulso dela, porque isso a faz derreter. (Parênteses aqui. HAUAHA Eu tinha que por algo meu neste texto. Eu quase derreto com beijo no pulso... ok, eu derreto inteira. HAUAAH) As sutilezas continuam todas ali, modificadas, mas estão ali. O corpo pulsa junto do outro. Um se aconchega no outro. Um acaba sabendo quando o outro está bravo, com um suspiro alterado.É a suposta maravilha do envolvimento (Continuo com o suposta porque disso eu não entendo. HAUAHAAU).

Vejo todas essas coisas desde sempre, assim como vejo a minha volta os efeitos colaterais dessa maravilha toda. Talvez os efeitos colaterais sejam mais assustadores que a maravilha do envolvimento.

Não só vejo, como escuto em cada música que passa por minha playlist. Então, em dias em que sinto falta de uma coisa que não tenho e nem tive, penso que pode ser que todo mundo esteja certo e eu errada.

Como já disse, duas músicas me fizeram pensar. Uma delas diz Well, I've been afraid of changing, 'cause I built my life around you” E essa frase soa tão forte. Construir a sua vida ao redor de uma pessoa só. Soa como dependência, necessidade extrema e até um pouco deposse. Mas por outro lado, parece que criar uma vida ao redor de uma pessoa que está ali por você não aparenta ser ruim. Ter alguém perto, saber que acordar nem será tão solitário por uma vida toda, ou parte dela. “So, take this love and take it down” A mesma música pede que a pessoa amada leve esse amor. É engraçado como casais dão seus corações, seus sentimentos um para o outro. O que não deixa de ser bonito também.

O que me leva para a outra música, mais intensa, mais de entrega total. Não que a outra não seja, mas ela é mais contida, mais acanhada. “When it comes to love it isn’t easy at all to put what I feel inside a simple phrase” É engraçado, as pessoas se inspiram com o tal do amor, mas dificilmente conseguem formular sentenças que possam ser utilizadas pra externar tais sentimentos. Disso eu entendo. Falar do que se sente é fácil quando se trata da família, de amigos de longa data, mas em todos os casos não englobados ai, são difíceis de externar. É fácil nomear sentimentos quando não os tem, falando da boca pra fora. Sim, pessoas, eu tenho sentimentos, mesmo que finja que eles não existam ou nem saiba para que diabos eles servem.“You’re my everything, you’re my one desire, You’re the kerosene that lights my fire” É fato que diante de tais palavras os olhinhos até brilham, mas sei lá, será mesmo? Ser o ‘everything’ de alguém exige entrega sem tamanho, como construir a vida ao redor de alguém. Ser o sol e a terra de alguém é um fardo grande e algumas pessoas, de fato, parecem carregar muito bem isto. Ser o tudo significa ser do outro ao ponto de não haver separação entre o que é e o que a outra pessoa é, tendo-se em vista que ambos estão tão conectados e se tornaram um só. Então a pessoa em questão é o único desejo e novamente isso enche os olhos e o coraçãozinho peludo, mas não é algo possível, certo? O ser humano é uma criatura que vive dos desejos da vida, é escravo do Desejo, o perpétuo andrógeno irmão de Sandman. É o desejo que faz o ser humano andar e caminhar por sua existência. Então ser o único desejo de alguém é impossível, até no sentido sexual. Todo mundo tem fantasias mentais com outras pessoas, além do seu parceiro. Mas como é uma música de amor, então podje. Como disse um carequinha muito digno que eu conheço, esse é o tipo de mentira que aquece o coração, ou algo assim, minha memória está uó hoje. Voltando, agora chego na melhor parte e mais realista da música, você é a querosene que acende meu fogo. É a parte da música que me deixa mais feliz, sabe porque? Porque ser combustível é bom, muito bom. Dizem que a paixão e o amor devem sobreviver com o fogo dos apaixonados. Um dia hei de ser o combustível de alguém (sim, eu tenho sentimentos, já disse. ç.ç).

“There was a time in my life when I wondered, if I would ever find true love like people dream about, search for, hope for all their lives and then you come walking through the door of my heart, breaking down walls and change me forever Então a música chega em mim, na pessoa que se questiona se um dia essas coisas acontecerão com ela, só para variar um tiquinho.Maybe someday this kind of thing will ern… just happen. Então alguém chegará chutando tudo e tudo parecerá lindo e eu poderei cantar um clássico “Hello, I’ve waited here for you everlong”. Eu poderia passar eras escrevendo sobre as melações, mas eu perdi o foco depois de levar uns dois dias para terminar o presente texto.

O fato é que ando sentindo falta de coisas que nunca pensei que ia ter vontade de ter ou vivenciar. Acima de tudo, tenho sentido falta de toda a sutileza desconhecida. Toda a sutileza que move o mundo dos apaixonados. Sentindo falta da possibilidade de andar por ai,criando jogos bobos, apenas para arrancar algo da outra pessoa, apenas pelo prazer de boas risadas. A falta de um possível beijo roubado quando os pensamentos vão longe e a outra pessoa quer te trazer pra perto. Tendo vontade absurda de entender o porque as mulheres ficam tão brilhantes e shine shine quando amam, especialmente quando entram acompanhadas em algum lugar. Pra essa eu imagino a resposta, ou melhor, li isso em um livro, as mulheres gostam da sensação de serem vistas acompanhadas, apenas para mostrar a todos em volta que tem alguém ao lado delas, alguém a quem elas pertençam, alguém para andar na direção com um sorriso bobo ou dizendo frases bobas e que certamente só os dois entenderão. É, dessas coisas sinto falta nesses últimos meses.

Preciso ser a Catherine Earnshaw da vida de algum Heathcliff, ser uma louca egoísta, mas que não consegue nem conviver com a possibilidade de um mundo sem seu psicótico cheio de cólera que nada mais é do que a metade do que ela é (Morro dos Ventos Uivantes). Talvez a Beatriz Portinaride algum Dante Alighieri, a paixão nunca concretizada que o leva a passar pelo inferno, purgatório até as portas do Paraíso, só para vê-la(Vida Nova e a Divina Comédia). Preciso ser aMarguerite Gautier de algum Armando Duval, ser a moça de vida torta que se apaixona e tenta viver uma vida além do que sua existência permitia, morrendo sozinha, sem que seu amado soubesse que ela havia abdicado de tudo (A Dama das camélias). Talvez necessite ser a Holly Kennedy de um Gerry Kennedy, o melhor casal ever, confesso, ele ficou junto dela até depois da vida, do jeito mais sutil e aconchegante possível (P.s. I Love you). Ser a Lara Cameron de algum Philip Adler, ter medo de perder seu pianista, seu Lonchivar, já que ele fora o único capaz de salvá-la de uma existência sem qualquer possibilidade de carinho, romance ou algo semelhante (Escrito nas Estrelas). Quem sabe eu deva ser a Bonnie de algumClyde, ou a Eva Kant de algum Diabolik, a Allie de algum Noah, a Jamie de algumLandon, a Andie Anderson de algum Ben Barnes, a Rachel de algum Finn, a Rachel de algum Ross, a Meredith de algum Derek, a Lyra de algum Will, a Arwen de um Aragorn, a Susana de um Principe Caspian, a Paulina Martins de algum Carlos Daniel.(Eu só não posso ser a Lolita de algum Humbert Humbert, porque ela foi uma vaca mirim e nem posso ser a Christine de um Fantasma da ópera, porque ela foi mais vaca ainda HAUAHAA). Ou talvez, eu deva ser essa bagunça toda que sou e esperar alguém disposto a ajeitar isso tudo, ou apenas juntar sua bagunça a minha.

E neste post meloso, lembrei de uma das frases mais encantadoras do universo, ou melhor, um conjunto de falar de Lyra e Will, na coleção Fronteiras do Universo:

Ela sentou devagar e ele sentou ao lado dela.

- Ah, Will - suspirou - o que podemos fazer? Será que há alguma coisa que possamos fazer? Eu quero viver com você para sempre. Quero beijar você, deitar e acordar com você todos os dias da minha vida até morrer, daqui a muitos, e muitos, e muitos anos. Não quero uma lembrança, apenas uma lembrança...

- Não - concordou ele - apenas uma lembrança é muito pouco para ter. São seus cabelos, sua boca, seus braços, seus olhos e suas mãos, de verdade, que eu quero. Eu não sabia que jamais poderia amar tanto alguma coisa. Ah, Lyra, eu queria que esta noite nunca acabasse! Se ao menos pudéssemos ficar aqui assim, e o mundo pudesse parar de girar e todo mundo adormecesse...

- Todo mundo menos nós! E você e eu pudéssemos viver aqui para sempre e apenas continuar nos amando.

- Eu vou amar você para sempre, aconteça o que acontecer. Até o dia em que eu morrer e depois que eu morrer, e quando encontrar meu caminho de saída da terra dos mortos, vou ficar flutuando para sempre, todos os meus átomos, até eu encontrar você de novo...

- E eu estarei procurando por você, Will, em todos os momentos, em cada um e todos os instantes. E quando voltarmos a nos encontrar, vamos nos abraçar tão apertado que nada e ninguém jamais vai nos separar. Todos os meus átomos e todos os seus átomos... Nós viveremos em passarinhos e em flores, em libélulas e em pinheiros, em nuvens e naquelas partículas de luz que você vê flutuando em raios de sol... E quando eles usarem seus átomos para fazer novas vidas, não poderão pegar um, terão que pegar dois, um de você e um de mim, pois estaremos abraçados tão apertados...

Eles ficaram deitados lado a lado, de mãos dadas, olhando para o céu.


E agora chega que isso daqui está tão meloso que está me dando nojo. HAUAHAAUAHAAUAHAAU pronto, voltei a ser a vaca sem coração.Ok, eu tenho um coração, mas ele é peludo e gelado, amém, porque amor non ecziste. Arrivederci ;*


I could really use a wish right now, a wish right now...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ern... ²

Adoro o fato de passar uma eternidade sem postar e então a postagem sai errada. HAUAAHAAU Ow merda.

Enfim, o texto nem estava bom mesmo, era só pra por alguma coisa aqui antes que eu prometa (para mim mesma, já que eu leio o meu blog e só) que vou escrever algo que preste. A vida de escritora em crise é fogo. HAUAAHAUAAH

Fato que estes dias me falaram sobre o texto da jornalista e do policial. Então prometi contar o que aconteceu depois, mas a diarréia criativa não veio com intensidade... ainda. Eu sei o que acontece com eles dois, but quero deixar lindo. Quem sabe vire um filme digníssimo. HAUAAHAUAAHA

Outro fato é que andei relendo os textos e tem MIL erros de português e odiei? Mas como evito a fadiga, como o carteiro do Chaves, deixo do jeito que está.

Odiei que a maioria dos textos falam de alguém dormente. Estou é ficando velha e. HAUAHAUAAHAAUAHAAUAHAAUAHAA

Eu deveria escrever textos jurídicos também. Ok, eu não deveria. Não sou séria o suficiente pra isso. HAAUAHAAUAHAAUA

E acho que é só.

Ern...

"I walk a lonely road, the only one that I have ever known*" Caminhava sozinha naquele dia, não estava sozinha de fato, apenas era indiferente as pessoas desconhecidas que passavam por perto. Gosto disso, sempre gostei do meu mundo particular. Era fascinante, em certos momentos, a possibilidade de estar só em meio a milhares de pessoas. "Don't know where it goes but it's home to me and I walk alone" Mas em dias como o de hoje, era estranho estar sozinha. Talvez porque torcia inconscientemente para que alguma daquelas pessoas me desse um susto, ou simplesmente caísse, para que assim pudesse rir um pouco. Não estava triste, talvez dormente. Odiava a forma com que nada parecia afetar aquele estado.

"My shadow's the only one that walks beside me" Talvez torcesse para que minha sombra saisse do meu lado e simplesmente viesse me contar asneiras. Há quem diga que a sombra é a companhia mais confiável que se pode ter e talvez fosse verdade. "My shallow heart's the only thing that's beating" Sabia que ainda estava acordada por sentir o corpo em movimento em direção ao fim daquela rua, que aparentava ser sem saída. O coração batia, lento e preguiçoso, ou talvez fosse impressão minha. No fim, só andava a procura de uma emoção diferente. Um riso em momento inapropriado, uma bobeira dita ao pé do ouvido que faz o maior sentido do mundo, algo que de fato abalasse as estruturas estáticas em que eu estava presa.

"Sometimes I wish someone out there will find me 'til then I walk alone". É possível que alguém ache onde me escondi no meio da multidão, ou talvez seja eu quem deva achar um jeito de sair dali. No fim, tudo fazia parte de uma sucessão de eventos que não sabia o que acarretaria. Era melhor parar de pensar. Caminhar sozinha em direção ao desconhecido parecia mais pertinente naquele momento...

(* Boulevard of Broken Dreams -Billie Joe Armstrong)