tag:blogger.com,1999:blog-23529401318162121542024-03-20T14:58:50.740-07:00Naked LightPandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-72454597209856884152012-01-30T12:26:00.000-08:002012-01-30T12:28:10.846-08:00For me, it isn't over.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<center><img src="http://lh5.ggpht.com/-0hWHYkH-EGo/TwSogqI6T5I/AAAAAAAAADQ/gsa4Dc_8lEQ/someonelikeyou.png" /></center><center> </center><center><span style="color: #444444; font-family: tahoma;"> You'd know how the time flies, only yesterday was the time of our lives </span></center><center><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #444444;">We were born and raised in a summery haze, bound by the surprise of our glory days</span> </span></center><center><span style="font-family: tahoma;"> </span></center><br />
<div align="justify">
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">Eu podia sentir as voltas que meu estômago dava ao lembrar o que teria que fazer hoje. Eu não sabia quanto tempo fazia. Ok, eu sabia sim. Cinco anos, três meses e uns dias. Era o tempo que não via Alex. Ele havia voltado a cidade e gostaria de me dar uma novidade. Eu sabia qual era a novidade, ele ia se casar ou talvez já estivesse para ser pai. A verdade é que tudo aquilo fazia meu estômago ganhar vida. Ainda lembrava de como crescemos juntos, das noites que fugi para sua casa para não ouvir meus pais brigando e gritando. Fomos para a mesma faculdade e depois disso nos separamos pela primeira vez em 21 anos. Foram nossos tempos de glória, ou, pelo menos, foram os meus. Lembrar da nossa história me fazia rir e voltar sempre para a mesma passagem. Segundo ano da faculdade e o beijo. O beijo que desencadeou trinta dias de pura entrega e, provavelmente, os dias que me senti mais completa ao longo desses vinte e seis anos. Então ele disse que não queria que confundíssemos tudo e nos perdêssemos ao nos apaixonarmos. Sempre fomos melhores amigos, mas a verdade é que eu o amava e isso nunca mudaria. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">Terminei de me arrumar e cheguei ao pequeno café, observando ele e a eleita ao seu lado. Os olhos não se contiveram e uma pequena lágrima escorreu. Entrei no café, utilizando o máximo que possuía de auto controle e me sentei em frente a eles. Sorri, falando baboseiras para os dois, até que ele me interrompeu e eu pude sentir o mundo gelando:</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"> - Sophie, eu preciso te pedir algo – Ele fez uma pausa e olhou para Kathy, abrindo um sorriso apaixonado e logo continuou – Eu quero que seja meu padrinho e a madrinha do meu filho. O que acha? </span></span><br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"><br /> </span><center><span style="color: #444444; font-family: tahoma;">Never mind, I'll find someone like you, I wish nothing but the best for you too </span></center><center><span style="color: #444444; font-family: tahoma;">Don't forget me, I beg, I remember you said</span></center><center><span style="font-family: tahoma;"> </span></center><div align="justify">
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">Eu me senti arremessada por um caminhão contra uma parede. Aquilo me quebrou em pequenos cacos. Meus olhos deviam mostrar que havia algo de errado, porque ela olhou em meus olhos e abaixou a cabeça. Provavelmente meus olhos diziam “Era para se eu, Alex, seu burro.” Eu estava chorando por dentro e sem me perceber, as lágrimas escorriam pelo rosto. Só as notei quando ele estendeu um pequeno lenço e enxugou meus olhos, falando calmo e animado: </span></span><br />
<span style="color: #847874;"></span> <br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">- Oh, Sophie, não precisa chorar. Não imaginei que se emocionaria tanto com minha felicidade </span></span><br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"></span></span> <br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">Meus dentes rangiam enquanto tentava me manter inteira, sem falar absolutamente nada. Demorei alguns instantes para me recompor e então olhei para os dois, abrindo o sorriso mais fingido que consegui diante daquilo e falei baixo: </span></span><br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"></span></span> <br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">- É uma honra, Alex. Não achei que me escolheria. Mas é claro que aceito. Será fantástico – Eu queria acreditar absurdamente em cada uma das palavras que disse. </span></span><br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"></span></span> <br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">Eles continuaram a me contar sobre todos os planos, detalhes e eu confesso que não ouvi muito. Eu podia dizer que, além do corpo, eu não estava mais ali. Eu estava em um quarto e nele a dor me socava a barriga, esbofeteava o rosto e, quando cansada, apenas espetava com os cacos daquilo que um dia chamei de coração. Era para ser eu, eu. Mas, diante da situação, eu deveria me conformar e aceitar que aquela não era a minha vez. Um dia eu acharia meu Alex. </span></span><br />
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"></span> </span><br />
<br />
<center><span style="color: #444444; font-family: tahoma;">Sometimes it lasts in love </span></center><center><span style="color: #444444; font-family: tahoma;">But sometimes it hurts instead </span></center><center><span style="font-family: tahoma;"><strong><span style="color: #444444;">(Someone like you – Adele)</span></strong> </span></center><center><hr align="center" color="#8a675e" size="1" width="40%" />
</center></div>
</span></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-2524811865591369022012-01-29T15:12:00.000-08:002012-01-29T15:12:06.178-08:00If you...<br />
<br />
<br />
<br />
<center><img src="http://lh5.ggpht.com/-ktUjdgnMVL0/TwSofrgOpZI/AAAAAAAAAC8/FE-H7b2egyU/Fadaintome.png" /><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"> </span></span></center><center> </center><center><span style="color: #7f6000; font-family: tahoma;">We disappeared into each other, colors appeared and bleed into one </span></center><center><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #7f6000;">Fade into me, fade into you, two of us melting together until we become something new</span></span></center><center><span style="font-family: tahoma;"> </span></center><div align="justify">
<span style="color: #444444; font-family: Tahoma;">A música havia começado e ela não havia notado que Tom estava ali. As mãos dele se prenderam em sua cintura, abraçando-a por trás, sem pressa. Ela deu um pequeno pulo de susto e logo se aconchegou em seus braços. Ambos em silêncio. Tom apertou-a um pouco contra seu corpo conforme aproximou os lábios de sua bochecha, depositando ali um beijo demorado. Ela abriu um sorriso bobo ao passo que as mãos dele a giraram no eixo em que se encontrava, fazendo com que ela virasse de frente para ele. Mandy notou o brilho nos olhos dele e sorriu, sem dizer absolutamente nada. Seus braços se prenderam ao pescoço dele e os olhos dela não desviaram dos dele. Ele sorriu, calmo e singelo. Tom desviou os olhos para os próprios pés, enquanto arriscava dar um pequeno passo para o lado, seguido de um outro na mesma direção. Ela riu e o acompanhou, apertando-se em seus braços. Ele voltou a olhar para ela e aproximou o rosto até que a lateral do seu nariz tocasse o nariz dela. Um podia sentir a respiração do outro próxima e calma. Ele foi o primeiro a falar, baixinho: </span><br />
<span style="font-family: Tahoma;"><span style="color: #444444;">- Já peço desculpas se pisar no seu pé, amor. – Ele sorria apenas com o canto da boca e vez ou outra desviava os olhos para os pés, apenas para se certificar que, apesar de desajeitados e tímidos, nenhum deles fosse pisar no lugar errado.</span> </span><br />
<span style="font-family: Tahoma;"> </span><br />
<center><span style="color: #7f6000; font-family: tahoma;">We can't escape and watch the world chasing to find us, </span></center><center><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"><span style="color: #7f6000;">Both of us hidden from view, if you fade into me. </span></span></span></center><div align="justify">
<span style="color: #444444; font-family: Tahoma;">Ele não havia notado o sorriso bobo dela. Ela sempre se imaginou dançando com ele ao som daquela música. Eram apenas os dois ali e certamente o mundo podia ter parado de rodar, ela não teria notado. Ali nos braços dela, ela se sentia parte dele, como se fossem um só. Ela se apertou nos braços dele e logo tocou os lábios dele com os seus, selando-os demoradamente, antes de sussurrar contra a sua boca: </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Tahoma;"><span style="color: #444444;">- Sabia que eu amo quando realiza minhas vontades mais bobas e adolescentes? – Ele não a respondeu, apenas se afastou e agarrou uma das mãos dela, rodopiando-a uma vez, antes de puxá-la para junto de si, beijando seus lábios demoradamente.</span> </span><div align="justify">
</div>
</div>
<center><span style="color: #bf9000;"><strong>--- </strong></span></center><div align="justify">
<span style="color: #999999;">Os olhos dela se abriram e ela sorriu para si mesma, frustrada ao constatar que aquela dança tinha sido apenas fruto da sua imaginação. A música era a única coisa real, aparentemente ela se repetiu todo o período em que ela havia dormido. Mandy, como no sonho, não havia notado que Tom estava parado ao lado da cama. Ele se aproximou dela, ajoelhou-se em sua frente e olhou em seus olhos, abrindo um sorriso instantaneamente. Ele estendeu uma das mãos para ela, enquanto com a outra, levou até o colo dela uma margarida cor-de-rosa. Ela olhou para a flor e depois para ele, agora sorrindo. Antes que dissesse qualquer coisa, Tom lhe perguntou baixinho: </span></div>
<div align="justify">
<span style="color: #999999;"> </span></div>
<div align="justify">
<span style="color: #999999;">-Amor, me daria a honra desta dança?</span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #7f6000; font-family: tahoma;">Not gonna fall in, drown in the moment with me </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #7f6000; font-family: tahoma;">Sinking till we start to breathe </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;"><span style="color: #7f6000;"><strong>(Fade into me – David Cook)</strong></span> </span></span></div>
<div align="justify">
<hr align="center" color="#8a675e" size="1" width="40%" />
</div>
</div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-33742385931616194612012-01-29T14:31:00.000-08:002012-01-29T14:34:32.216-08:00Oh, lie, lie, lie.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6ImD3I6vznbaqduif4rMlp8wHDBB2RXb2K0Nz3q1G7mke-olgjgjeCBL8LRJ9pj20-QQmsuREUWx5pGRWpGZQwwODO85aMXrNykg8YEDItxNbCJkA-dXs454FfmCwRwR_X4kTeAxgFCRD/s1600/lietome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6ImD3I6vznbaqduif4rMlp8wHDBB2RXb2K0Nz3q1G7mke-olgjgjeCBL8LRJ9pj20-QQmsuREUWx5pGRWpGZQwwODO85aMXrNykg8YEDItxNbCJkA-dXs454FfmCwRwR_X4kTeAxgFCRD/s1600/lietome.png" /></a></div>
<br />
<br />
<center style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">A candle burns away, the ashes full of lies <div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
I gave my soul to you, you cut me from behind</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
</div>
</span>
<div align="justify">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: tahoma;">Esta era a tentativa de Cécile para retomar as rédeas de seu casamento. Era dia dos namorados e ela optou pelo clichê dos jantares a luz de velas. Ele andava chegando extremamente tarde nos últimos meses e ela acreditava ser o problema. Combinou tudo com Jack para que ele chegasse em casa quando tu estivesse pronto. O horário havia passado e lá estava ela, sentada naquela cadeira, observando as velas queimando. Ela estava decidida a esperá-lo. Por volta das duas da manhã ele chegou em casa. A sua surpresa foi tamanha que congelou perto da porta ao vê-la sentada ali. Os passos dele foram cautelosos até chegar nela e logo começou a disparar:</span></span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Desculpa, querida, eu me perdi no trabalho e esqueci do que havíamos combinado. – Ele estava transpirando e ainda sobressaltado.</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Não, você não estava no trabalho. – Ela suspirou e desviou os olhos para a vela – Eu liguei lá há algumas horas e o faxineiro disse que todos haviam ido embora, Jack.</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">Ele abaixou a cabeça e era possível notar sua respiração perdendo o compasso. Ele voltou a olhar para ela e ela não deixou que ele falasse.</span></div>
<div>
<span style="color: #444444;">– Jack, me conta uma verdade, apenas uma. Por favor.</span><br />
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Eu amo você, Cécile. – Ele tentou soar sincero.</span></div>
<div>
<span style="color: #444444;">– Eu disse uma verdade, Jack. – Ela estava absurdamente calma.</span><br />
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Eu estou te traindo há cinco meses, Cécile. – Ele finalmente admitiu.</span></div>
<div>
<br />
<br />
<center style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">Nowhere to run and nowhere to hide, you’re scared of the truth, I'm tired of the lies <div>
‘Cause who I am is where you want to be<br />
<div>
Don't act like an angel, you've fallen again<br />
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
You're no superhero, I've found in the end</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</span>
<div align="justify">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: tahoma;">Ela voltou os olhos para ele e sorriu. A vela não muito longe dela terminou de queimar. A voz dela voltou a sair baixa enquanto ela tentava não se descontrolar.</span></span></div>
<div>
<span style="color: #444444;">– Agora minta para mim de novo, Jack.</span><br />
<div>
<span style="color: #444444;">– Eu amo você, Cécile.</span><br />
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Jack, agora me peça para te contar uma verdade e uma mentira. – Ela tentou controlar o seu riso, era puro nervosismo, mas ela não conseguiu segurá-lo. Riu por algum tempo. Jack sabia que aquele era o jeito dela de externar tristeza.</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Cécile, diga para mim que tudo vai ficar bem e que vamos superar isso?</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Quer que eu minta então? Ok, eu vou mentir. – Ela suspirou e voltou a ficar séria – Vamos superar isso, Jack, mesmo que eu não te ame mais.</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">Ela proferiu aquelas palavras com tanta dificuldade que ele soube que todas eram mentira. Ela nunca foi boa com mentiras. Todos sabiam disso. Ele tentou se controlar, mas constatou que estava agora a beira do desespero. Tentou olhar nos olhos dela, mas ela desviou o olhar para o candelabro ao seu lado.</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Amor, diga alguma coisa... – Ele estava em pânico.</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">– Eu vou te contar uma verdade, amor... – Ela proferiu com escárnio a ultima palavra – Eu não suporto mais viver com você e estou te deixando, Jack. – Ela fez um pausa e voltou os olhos para ele, encarando-o duramente – Você é a maior decepção da minha vida, Jack e nada vai mudar isso.</span></div>
<div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: #444444;">Ela se levantou e caminhou em direção a porta. Jack ficou devastado, abaixado no mesmo lugar por algum tempo. E ela, bom, ela foi procurar um lugar em que pudesse libertar todas as lágrimas presas em seus olhos.</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br />
<br />
<center><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">I want to close my </span></span></center><center style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">eyes and make believe that I never found you </span></span></center><center style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">Just when I put my gun away, it's the same old story </span></span></center><center style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: tahoma;"><span style="color: #847874;">You left me broken and betrayed, it's the same old story</span><center> </center><div align="justify">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: tahoma;">Ela caminhou pela rua escura, levemente úmida. Lembrava uma cena digna de um filme de terror. Cécile riu da própria desgraça enquanto vagava por ali. Ouviu passos não muito longe, mas não deu importância.</span></span><span style="color: #444444;"> </span><br />
<div>
<span style="color: #444444;">Foi tudo muito rápido e logo um braço circundou sua cintura. A boca fria daquela pessoa tocou seu pescoço ao passo que suas presas perfuraram a sua pele. Ela não gritou, mas sentia sua vida escapando por aqueles dois orifícios. Suas pálpebras se tornaram pesadas aos poucos e depois disso, tudo que ela lembraria era da escuridão. E quando o assunto era escuridão, já diziam as gueixas, é tudo segredo.</span></div>
</div>
<center></center></span> </center><center><br /><div>
<div>
</div>
</div>
</center></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</span></center></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</span></center>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-82627550980922595562011-07-01T19:20:00.000-07:002011-07-01T19:28:58.625-07:00Tu compreenderás que a tua é a única no mundo.<div style="text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcndGjlxqEWS8iaJzy-mXwsARalL8xr8zkU9qqjPVH3XMjVSjhoNlWXpVzZ5-SEWZF-u0HO1DzTHDchHidxE481wMWULRGXN-_R_BiwUabbY4oVVxUDS61qXqBikNDKdattbeqxB1dTDwK/s1600/pequeno.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"></a><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcndGjlxqEWS8iaJzy-mXwsARalL8xr8zkU9qqjPVH3XMjVSjhoNlWXpVzZ5-SEWZF-u0HO1DzTHDchHidxE481wMWULRGXN-_R_BiwUabbY4oVVxUDS61qXqBikNDKdattbeqxB1dTDwK/s320/pequeno.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5624575988886578450" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 198px; " /></span><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#0F243E; mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128">Eu prometi que atualizaria isso aqui há algumas semanas, mas, como percebe-se, não o fiz. O fato é que a inspiração tem me deixado a ver navios, barquinhos e até canoas. Falta eterna de ter o que dizer? O contrário talvez, até porque se eu falo demais, escrevo demais, por conseqüência penso mais ainda, ou deveria. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#0F243E; mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128">De fato não ando a mais animada para comentar as banalidades e peculiaridades da vida cotidiana(percebi isto quando empaquei no meio dos meus ensinamentos sobre o casamento e<span style="mso-spacerun:yes"> </span>afins). Não ando também muito excitada para conseguir terminar um conto erótico (sim, comecei um ontem, na faculdade, então as pessoas começaram a chegar e isto foi me deixando sem graça e não quis ouvir a pergunta ‘O que está fazendo? Posso ver?’ HAHA). Nem ando contagiada ao ponto de terminar a minha versão dos fatos pelos quais Beethoven e sua amada imortal se conheceram, se apaixonaram e, aparentemente, morreram longe um do outro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#0F243E; mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128">A real é que parece que ando sentindo poucas coisas ultimamente e, por isso, minha inspiração escapa entre os dedos, como pequenos grãos de areia(Ok, isso é uma referência ao ‘I’m slipping through them like a tiny grain of sand’, da música ‘Everything’ do Stereofuse.), ou talvez eu esteja escapando das mãos do destino e me privando de um monte de coisas que seriam, no mínimo, dignas de vivenciar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#0F243E; mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128">Há quem diga que santo de casa não faz milagres; que conselhos se fossem bons, seriam cobrados e não dados. Mas contrariando estes ensinamentos passados por diversas gerações, desde a época que minha tataravó não usava calcinhas e sim ceroulas de babados, darei alguns conselhos a minha digníssima pessoa. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#0F243E; mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128">Então alguém dirá ‘Isso parece coisa de louco?’ e eu direi que ando lendo um livro do Sidney Sheldon, ‘Conte-me seus sonhos’, e nele a mulher tem três egos e é capaz até de se odiar, conversar com ela mesma e afins, então por que diabos não posso escrever uma carta a mim mesma e dizer o que penso? Depois eu que sou louca nessa budega HAUAAHAUAHAAUA.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#0F243E; mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128">Enfim, baixando o espírito da Andie Anderson Fortress-Hiénák Vitiate, casada com minha sofredora Sophie Von Beethoven Vitiate e misturada com Fiona Vitiate, lá vai esta carta. Se ficar ruim, quem vai ler sou eu, então envio de volta, contando os erros de português.(plim*)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#0F243E; mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#29083E"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#29083E"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;text-indent:35.45pt; line-height:normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span lang="EN-US" style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4;mso-themecolor:text2; mso-themetint:153;mso-ansi-language:EN-US">Somewhere only we know, 1º de julho de 2011.<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;text-indent:35.45pt; line-height:normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span lang="EN-US" style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4;mso-themecolor:text2; mso-themetint:153;mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;text-indent:35.45pt; line-height:normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4;mso-themecolor:text2; mso-themetint:153">Minha estimada Cathy,<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Há muito não te escrevo, não é? Talvez a ultima vez tenha sido em um daqueles diários, que hoje em dia apenas fazem parte de lembranças que guardou, para eventuais ataques de saudosismo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Sinto que anda aflita, tantas questões, tantos obstáculos e tudo acaba soando difícil demais ou um sinal divino para que se esconda debaixo de uma pedra e nunca mais saia dali. Talvez todas as pessoas passem por isso, ou talvez só você tenha que passar por isso, mas há quem diga que não há fardo que não possa carregar sozinha, certo? É, pode ser que sim, minha querida, não posso te dar certezas. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Na verdade, sou a pior pessoa a te aconselhar sobre qualquer coisa, qualquer dilema, visto que sou o lado que grita e esperneia e você nunca escuta.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">A teimosia sempre fez parte de você e sabe disso. Sabe que pode estar errada, constatar isto e de fato bater o pé que está certa, só pelo prazer de ver o outro lado esperneando enquanto te mostra que está errada. A teimosia tem suas vantagens, é o que te faz ir pra frente, mesmo quando lá dentro, algo te puxe e mande deixar ver a vida passar. Vê como nem todos os defeitos são de todo ruins?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">E a incerteza a cerca de suas escolhas? Escolhas essas que te correm dia a dia, pois não sabe se cada uma delas te levará a um lugar melhor, ou pior. As escolhas abrem um leque de possibilidades que não teria, caso se mantivesse estática diante da vida. As possibilidades podem te fazer ser o que quiser, quando quiser, mesmo que precise de um caminho mais árduo para alcançar sua estrela dourada. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Sei que pensou em desistir, sumir do mundo ou até mesmo em se atirar da primeira ponte que aparecesse, mas é bom saber que não o fez e espero que não o faça.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Acima de tudo, por você, pelo que é e pelo que pode ser, minha querida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Sei também que olha pros lados e não vê algum lugar sólido o suficiente para apoiar-se e desabar, só para variar, largando a tal pose de durona para trás. Nem sempre precisa ser a Espartana, a rainha da falta de coração. Você pode chorar, espernear, bater os pés e dizer que odeia o mundo. Você pode ter as fossas mais épicas do universo, ver os filmes mais tristes do mundo. E pode fazê-los sozinha também. Se bem que, tecnicamente eu estarei contigo, mas não precisa ter medo que tais crises vão te deixar para sempre sozinha. Sempre aparecerá alguém, eventualmente, pra passar a mão em sua cabeça e dizer ‘Calma, tudo vai ficar bem.’ <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Sei também que o apoio faz falta no vácuo que se forma dentro de você, cada vez que sente e reprime algo, tudo porque tem medo de incomodar as pessoas. Pense que não colocar para fora, pode te matar um dia. Despeje tudo, em papéis, no silêncio do quarto a noite, nas palavras ditas a brisa que vem do mar, em qualquer lugar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">O mundo é um lugar estranho e esquisito e talvez demore a entendê-lo, mas a verdade é que poucas pessoas de fato o compreendem. Mas vai ficar bem, Andie, vai sim.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Não tenha medo de ficar sozinha, eventualmente, acontecerá como no Pequeno Príncipe. Alguém sempre a verá de longe, dia a dia esta pessoa se aproximará mais, então uma cativará a outra e o ciclo começará novamente. Caso venha a chorar quando tal pessoa se afastar, lembre-se que </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#DF4DAB">“A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...”<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif"; color:#DF4DAB"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Fique bem, minha linda. Não se esqueça que tudo eventualmente ficará bem.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;text-indent:35.45pt; line-height:normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#548DD4; mso-themecolor:text2;mso-themetint:153">Um beijo na ponta do nariz.<o:p></o:p></span></i></b></p>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-12948068289226039622011-06-12T16:32:00.001-07:002011-06-12T16:34:50.471-07:00'Cause you love and you bleed [2]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBcJDbPQojPFMWNBM8ciQGar3EQpPjZ_NvY8V1ANUC7YQ-aJkYZExpa8Vfzkn70rSVOXde3aZ__wDcBVphyLVCzldpWiU1ve46keVrD91Aanfw-mdTSBOey_4fsRpDs6T2mdUR_IcUag8J/s1600/Andie+e+van.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqZQuWRr5HN5tP6at5U8ik9PhtvVx6bz3NOGawTRmcwC1qyXwSPxKx1LoaBZW0Rh2kDO-1_ormwxrLE2FqwKB24RnZ0HrC4XlUBxJuZbqDRUrwRpoOp3-diUrpi0RrfQs8zhstR1zBqhiu/s1600/andee.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqZQuWRr5HN5tP6at5U8ik9PhtvVx6bz3NOGawTRmcwC1qyXwSPxKx1LoaBZW0Rh2kDO-1_ormwxrLE2FqwKB24RnZ0HrC4XlUBxJuZbqDRUrwRpoOp3-diUrpi0RrfQs8zhstR1zBqhiu/s320/andee.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617480412782689170" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0">Existe uma pessoa, que há pouco tempo conheci, que tem um carinho especial por minha personagem mais adorada, especialmente pela <span style="mso-spacerun:yes"> </span>história que envolve sua vida louca e a de um policial bêbado chamado Van Ray. Confesso ter negligenciado tal história, talvez pela vontade absurda que tenho de guardá-la só pra mim, já que fui parte da história e vi tudo de camarote. Dois anos e meio se passaram e a história ainda me fascina e traz a tona uma série de coisas que pensei ter esquecido. Talvez esta seja a sensação de que tudo entre Andie e Van tenha terminado sem de fato ter terminado. É fato que ela ainda pensa nele quando sente o cheiro de café torrado, ou quando vê um quindim(porque era o doce capaz de melhorar o ânimo dele e dela instantaneamente), ou de cigarros mentolados (tudo porque ele costumava dizer que cigarros mentolados eram coisas de boiolas), ou quando simplesmente escuta Gavin DeGraw, porque, ah... porque sim. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif"; color:#7030A0">Andie e Van teriam vivido pra sempre juntos</span></b><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0">(neste caso seria sempre mesmo), se não possuíssem uma válvula de <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><u>auto-sabotagem</u></b> inserida em seus cérebros. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0">Ela não acreditava em sorte, nem acreditava em se arriscar, nem na possibilidade de conseguir cativar qualquer pessoa a sua volta sendo exatamente a bagunça que era o tempo todo, então apareceu alguém que simplesmente ria daquela bagunça toda, de toda a fragilidade que ela tentava esconder por trás do sorriso constante estampado em seu rosto, ele dizia que era lindo tudo aquilo. Ele era movido na base do 8 ou 80, acreditava na intensidade e que ela devia ser aproveitada, não acreditava que merecesse carinho ou qualquer sentimento bom vindo de qualquer pessoa, uma vez que dizia que tinha feito tanto em sua vida que estava fadado a ser rei do inferno e conheceu Andie, que não ligava pro passado dele e para o fato de que ele era um emaranhado de experiências passadas, que o tornou único. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0">Eles se chocaram ao acaso, descobrindo laços que remetiam a anos muito mais distantes do que se pensava. O acaso virou história, o acaso tornou-se um conto, não de fadas, porque nenhum dos dois acreditava nestas coisas e, acima de tudo, o acaso foi vivido da maneira mais intensa possível.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0">Nem tudo é simples, até mesmo na “quase ficção” e esta história dá muitas voltas até o fim que ern... evito escrever. Uma vez que não se fala ou escreve sobre ele, é sinal de que ele não aconteceu, certo? É um bom ensinamento pra vida, gente. HAHAAHA <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0">Então me perguntarão: qual foi o desfecho da história contada em " ‘Cause you Love and you bleed [1]”? Tudo terminou ali? Ela esperando que ele voltasse enquanto remoia as escolhas feitas certa vez?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#2E156B"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Não, a história não terminou assim. Ocorre que depois de algum tempo esperando, Andie viu que precisava reagir, tomar outros caminhos e perseguir outros objetivos. María Elena ajudou-a na tentativa de enchê-la com o máximo de martinis que conseguisse, adoçando a empreitada com espanholas feitas com o vinho mais fajuto encontrado nas prateleiras de um supermercado, alem de uma trilha sonora digna de suicídio, com todas aquelas músicas que<span style="mso-spacerun:yes"> </span>arrepiam até a alma. Nos dias seguintes, Andie lembrava-se de pouco, afinal a dor de cabeça e a ressaca acabavam virando sua única preocupação nas duas semanas que se passaram.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Andie não gostava de incomodar ninguém e ficou todo este tempo na casa de María porque ali parecia mais seguro do que entrar em seu apartamento, tão cheio de lacunas, tão vazio, com fantasmas de tempos mais áureos andando de um lado para o outro. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Após este tempo abusando da hospitalidade de María, resolveu que precisava dar uma sacudida e partir para novos mundos e, quem sabe, conhecer gente nova.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">As boates pareciam as mesmas de sempre: mulheres colocando todas suas armas pra fora (enquanto umas mostravam ousadia em um decote, ou um vestido curtíssimo, outra arriscavam na sutileza do esmalte ‘Vermelho, hoje to na pegada’ ou num batom ‘Rosa, pegael’) e os caras como leões, estufando seu peitoral e sacudindo suas jubas, enquanto confabulavam sobre quem deveriam tentar vitimar com suas cantadas treinadas em frente ao espelho do banheiro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Ela arriscou e se jogou, levemente desengonçada, como sempre, tentou arriscar pequenos passos de dança, enquanto cantarolava a canção escondida embaixo do tuntz tuntz frenético.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Encontrou algumas pessoas conhecidas, trocou meia dúzia de palavras e disse para si mesma que só sairia daqui quando o sol resolvesse raiar. E assim o fez, só saiu dali depois de conhecer até os faxineiros do local, uma vez que apenas ela e eles sobraram no local depois das 6 da manhã.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">A sensação de liberdade e de estar viva fizeram bem a ela, ela podia fazer o que quiser novamente, mesmo que, naquele momento, ela não soubesse o que diabos isso significava.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Os dias passaram, ela tentou achar novas facetas dentro dela: a ousada, a desapegada, a sem rumo, a segura, a nada segura e em cada noite do mês seguinte, ela arriscou uma dessas, vendo e analisando tudo que vinha de feedback no fim da experiência.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Ela seguiu em frente, sem deixar de pensar no que poderia ter sido se a porta um dia abrisse novamente. Era seu segredo, afinal, a única testemunha disto era seu peixinho, Thor. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Meses se passaram e com eles, várias pessoas, vários rostos, várias personalidades, mas nenhuma chegava perto do que ela esperava. Então a voz de Van acabava ecoando em sua cabeça <b style="mso-bidi-font-weight:normal">“Depois que se prova o melhor e mais puro, é difícil se contentar com a segunda opção.”<o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">A porta de fato não se abriu, mas a janela sim. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Era um dia nublado e preguiçoso, ela ligara para seu trabalho dizendo que estava com muita cólica e nem do sofá conseguia levantar. Mentira pura, mas o suficiente para a editora infernal da revista parasse de amolá-la, cobrando-a sobre a matéria “Como perder um homem em 10 dias”. Ela sabia de cor, apenas se fez de rogada para escrever tal matéria, evitando cutucar o que encontrava-se quieto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Na televisão passava uma maratona de filmes de terror, ao seu lado encontrava-se uma vasilha cheia de carolinas e em seu colo estava um caderno, que rabiscava trechos de músicas que passavam em sua cabeça, enquanto tentava iniciar um caderno de cartas, daquelas nunca enviadas, que um dia viram um célebre livro, mostrando a vida de alguém que as pessoas de fato se interessariam em conhecer. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">No filme, a moça corria pela floresta(porque em todos a idiota corre pro escuro ou para o meio do mato), enquanto um louco com uma faca a perseguia e Andie pouco se importava, até olhar pela janela e ver uma pessoa parada em sua janela. O grito foi escandaloso enquanto ela tentou pular do sofá para se esconder e tudo que conseguiu foi tropeçar na coberta e cair estatelada no chão. Em meio ao medo, ela olhou para a janela e viu a pessoa do outro lado rindo da cena.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Aquele sorriso... o sorriso capaz de provocar o adiantamento da primavera, de se mostrar mais divertido do que uma ida a um parque de diversões e capaz de causar erupções dignas do Vesúvio. Andie não precisaria perguntar quem era, mas ela o fez mesmo assim: <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Quem é você?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Sou eu, Andie, o Van... – A voz dele tentava controlar o riso, que se misturava com o toque de receio que veio em cada palavra proferida.<o:p></o:p></span></p><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBcJDbPQojPFMWNBM8ciQGar3EQpPjZ_NvY8V1ANUC7YQ-aJkYZExpa8Vfzkn70rSVOXde3aZ__wDcBVphyLVCzldpWiU1ve46keVrD91Aanfw-mdTSBOey_4fsRpDs6T2mdUR_IcUag8J/s320/Andie+e+van.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617480680812872306" style="float: right; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; cursor: pointer; width: 194px; height: 320px; " /></span><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- A porta não é mais uma opção? – Ela perguntou enquanto engatinhava para perto da janela, levantando-se logo em seguida. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Ficar frente a frente com ele fez seu mundo dar três voltar e retornar a onde ela estava. A sua pose era a de quem tinha o controle da situação, quando na verdade, por dentro cada pequeno órgão seu tremia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Acredito que pediria ao porteiro para que me mandasse ir para lugar inimaginados e que não voltasse mais, mas eu não podia... – Ele continuaria, caso ela não tivesse tão concentrada do outro lado, tentando soltar a tranca da janela. Ele abaixou a cabeça e riu, falando calmamente – Como você consegue ter problemas até com uma simples janela, guria?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Sabe que este é meu charme e mais, é esta tranca que está quebrada, não é minha culpa. – Ela armou um bico enquanto tentava abrir a janela de todo jeito.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Já tentou apenas levantar a tranca e não puxá-la? – Ele sabia que funcionaria.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Ela arqueou a sobrancelha e fez o que ele disse, finalmente abrindo a janela, deixando que o vento frio daquele dia entrasse na sala. Ela não esperou que Van entrasse e logo se dirigiu ao sofá, enrolando-se na coberta, enquanto esperava que ele se acomodasse.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Ele se ajeitou no sofá, enquanto o silêncio dominou os dois. Ninguém queria começar, era difícil demais. O nó encontrava-se preso na garganta dos dois e tudo que se dignaram a fazer foi olhar o filme, onde mais alguém tinha morrido, como ocorria nos clichês hollywoodianos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">Ela encolheu-se em seu canto, pondo os pés em cima do sofá, prendendo os joelhos com os braços, ela quis sorrir ao ver que ele estava bem de fato, mas preocupou-se ao constatar o tamanho das olheiras dele e o quanto parecia magro e cansado. Era estranho para Andie calar-se, ela sempre teve o hábito de falar mais do que uma vitrola. Para sua surpresa, ele quebrou o silêncio:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Eu te devo tanta coisa, Andie... – Ele parecia lutar para que cada pequena palavra saísse de sua boca. – Eu sei que acredita que sou um maldito e mais um monte de outras coisas...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Eu te xinguei de coisas piores, confesso... – ela interrompeu, com um meio sorriso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Eu mereço, eu sei. Ensaiei para vir falar contigo por muito tempo, porque sinto que precisava te dizer algumas coisas. – Ele respirou e continuou a olhar para a televisão – Eu quis voltar, Andie. Mas eu não podia, sabe?<span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Ele olhou para ela com aqueles olhos, ah aqueles olhos de uma profundidade sem tamanho.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Por que não podia, Van? Era tão ruim assim? – Ela desviou os olhos para o chão, encolhendo-se ao vislumbrar uma resposta positiva.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Não, Andie, não era por ser ruim. Eu sou ruim, entende? Eu te enganei em detalhes da minha vida que não deveria, mas não fui homem que conseguiria dizer não para você, quando era você vindo em minha direção. – Ele parou e se aproximou um pouco dela, que se retraiu mais ainda. Ela sabia que tinha em si a habilidade de esquecer o que as pessoas faziam facilmente e Van Ray, bom, Van Ray era sua fraqueza desde o primeiro minuto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Talvez se tivesse dito, tudo estaria bem. Ainda esperaria por nossos encontros esporádicos, como bons amigos e tudo ficaria bem. Acredito que me conhece o suficiente para saber que quase tudo para mim vira um amontoado de risos. Já iss... – Van Ray chegou mais perto, desta vez encostando a mão no queixo dela, fazendo com que ela olhasse para ele. Ela tentou se controlar, mas era chorona e logo não agüentaria, sabia disso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Andie... pare com isso e deixe que eu diga o que quero? – O rosto dele se aproximou mais dela, ela pôde então sentir o cheiro de cafeína do hálito dele, imediatamente Andie fechou os olhos, enquanto um pequeno filme passou em sua cabeça – Você tem essa pose de que tudo está ótimo, tudo está perfeito, quando por dentro é frágil, evita se arriscar por medo de se machucar e se priva das coisas. Eu sei disto, te conheço o suficiente para saber este detalhe seu. Não quis te machucar, sabe? Não foi esta a intenção, em momento algum. Tive vergonha de reaparecer, sabendo que conhecia coisas que de fato fariam com que quisesse que eu ficasse longe de ti.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Van, sabe qual foi a única coisa que precisei neste tempo todo? Que você entrasse por aquela porcaria de porta, sentasse em minha frente e dissesse a verdade, nada mais que isso. Eu posso conviver com a verdade, eu não sou tão frágil como pensa. Talvez eu até seja, não sei, mas sei fingir bem que não sou. – Seu cenho enrugou, enquanto seu queixo encontrava-se levemente trêmulo segurando o nervosismo. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Eu já disse que tive vergonha de falar contigo e sabe por quê? Porque pela primeira vez, perdi meu sono. Eu nunca perco meu sono com as outras pessoas. Como costumo dizer, fui criado na selva, enquanto mato um leão por dia, mais um, menos um, não faz diferença para mim. Mas você, Andie... – Ele suspirou e ela se manteve impassível – Você é diferente. Eu não sei exatamente o que é, mas sei que é diferente, tem uma inocência em você que me cativa e impressiona.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>É como se fosse impossível fazer algo a você sem de fato incomodar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Sabe, isto até deve ser verdade. María Elena diz que fui uma das únicas pessoas que ela não conseguiu fazer maldade e olha que ela pode ser péssima com as pessoas – Ela riu como uma boba e depois ficou séria – Desculpa, eu não sei ficar neste clima pesado muito tempo. Foi só pra descontrair.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Está vendo? Você é diferente e eu não sabia como olhar pra você.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Sabe, Van? A culpa não é toda sua, eu tive culpa nesta história. Eu fui precipitada, eu podia ter sido menos intensa, mas achei que seria bom tentar algo diferente, ser ousada, apenas para variar. E eu errei também. Mas confesso que pensei numas 30 formas diferentes de te arremessar pela janela a hora que você voltasse, já que não posso mais comer quindins sem chorar.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Eu só fico feliz em saber que você está bem. – Ela sorriu, tentando acabar com a atmosfera pesada que pairava na sala.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Pequena... eu senti tanto sua falta. – Disse enquanto olhava para ela.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">- Eu senti a sua, Van – A cabeça dela encontrava-se dominada por dezenas de pensamentos e o estômago cheio de borboletas enquanto seu coração soava como a bateria de uma escola de samba.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#322741">A conversa dos dois mudou o rumo e logo estavam falando de banalidades, sem de fato esquecerem o que tinham dito anteriormente. Ambos tinham muito a ponderar, quando estivessem sozinhos. Naquele momento, apenas curtiam a “não ausência” um do outro, evitando passar por assuntos que tocassem nas feridas, tão abertas e expostas ainda. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif"; color:#322741"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Este ainda não é o fim, prefiro protelar mais um pouco para contar os caminhos cruzados antes que Andie e Van mudem seus caminhos e acabem não se encontrando mais. A intensidade da relação dos dois é enraizada demais nesta pobre escritora, para que acabe saindo com a facilidade necessária.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: normal"><span style="font-family:"Tahoma","sans-serif";color:#7030A0">É o que tem pra hoje, pessoas. Divirtam-se. Logo vem mais, tenham fé. HAUAHAAUA <o:p></o:p></span></p></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-43609629025023029292011-05-04T15:34:00.001-07:002011-05-04T15:35:52.449-07:00Então<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Hoje vou atualizar meu blog marginalizado, é tudo que precisam saber.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Ok, precisam saber também que David Cook é tudibão e até receber o CD dele, terei uma síncope. HAHAHA Tá, parei de tietar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >See yah later. ;*</span></div></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-32585490085160169472011-03-13T20:58:00.001-07:002011-03-13T20:58:46.278-07:00Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgemrKh5cijyJzvuUgWeLWO8I7aSn2c3pQeX52FZrlK9JbEgacn_2wU7l7UgYkgQD6VQf18tr2b2gsoJzI1NYcAi5001_Ues2yODVZY_oiGKtqOq8MI8AZuBG4JY-2ji9TQs2AhUUMWM6yY/s1600/susan1.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgemrKh5cijyJzvuUgWeLWO8I7aSn2c3pQeX52FZrlK9JbEgacn_2wU7l7UgYkgQD6VQf18tr2b2gsoJzI1NYcAi5001_Ues2yODVZY_oiGKtqOq8MI8AZuBG4JY-2ji9TQs2AhUUMWM6yY/s320/susan1.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583774763187976610" style="float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 300px; height: 200px; " /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; ">Hoje estava em minha rotina preguiçosa, quand</span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; ">o esbarrei em duas músicas. Sim, sempre elas. Não sei se elas esbarraram em mim ou se eu as achei. A verdade é que parei pra pensar em coisas que tem me feito falta de uns tempos para cá.</span></p><span class="Apple-style-span"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Sempre gostei de observar o que ocorre em volta. Ser a garota que fica no canto enquanto as outras dão seu melhor para serem notadas. Olhar as atitudes alheias sempre foi meu forte, é interessante como se pode refletir a cerca de cada uma delas, especialmente quando se vê tudo de fora. Enfim, ser espectadora da vida soa melhor quase sempre.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Não posso dizer que vi muito, mas também não direi que quase não vi nada, porque eu vi. Vi o suficiente pra dizer o que direi nestas linhas que só eu vou ler.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Existem coisas que nunca pensei ter vontade de possuir ou almejar.<span> </span>Na verdade, sempre me achei imune a muita coisa, talvez por ser auto-suficiente demais.<span> </span>Gosto da perspectiva de ser, fazer e sentir aquilo que acho que devo, não o que o resto iria desejar que eu fizesse. Gosto de pensar que mando em todo sentimento que tenho e que, por isso, sou imune a determinadas coisas. Entretanto, algumas delas tem me feito falta ultimamente e finalmente estou chegando no foco deste texto.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; font-weight: normal; "></span>Até meus 15 anos</span></b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, acreditava que existia um <b>príncipe encantado</b> que viria e me mostraria que existem todos esses sentimentos melosos que Deus e o mundo diz. Então ele não veio. Mantive meu coração intacto. Ok, não tão intacto, sempre tive um problema. Sempre fui adepta de <b>paixões tórridas e platônicas</b>. Apaixonava-me (e ainda o faço) pela idéia que criava das pessoas, personagens e afins. Apaixonei-me por milhares de professores, tudo porque adoro ser ensinada e uma pessoa mais inteligente que eu desperta meus sentimentos, que culpa tenho eu? Apaixonei-me por personagens, figuras históricas, celebridades. Cada paixão platônica se manteve viva enquanto minha cabeça quis. Era interessante e ainda é. O fato de todos eles serem intocáveis era o suficiente para que me apaixonasse. As paixões platônicas são efêmeras e desaparecem sem efeitos colaterais, uma vez que elas são lindas do começo ao fim e a realidade nunca as estraga.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Então <b>até meus 20 anos</b> acreditei que um dia, <b>um ser normal</b> apareceria e me mostraria que existem coisas boas além das perspectivas nada otimistas dos relacionamentos reais e a taxa de separação na sociedade moderna. Ele não veio também.<span> </span>Meus amores platônicos sempre me acompanharam e para mim, sempre foi suficiente. Dos 18 até os 19 e uns quebradinhos aproveitei a vida de maneira absurda. Não tem tempo ruim quando a vida é plena. Momis costuma<span> </span>dizer que tudo na vida tem prioridade determinada pela fase que se passa.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; font-weight: normal; "></span>Cheguei aos 20 e poucos</span></b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> e hoje em dia <b>não espero nada</b>. Minha sábia mãe, mais uma vez, disse que existem coisas que quanto mais se espera, mais demora pra chegar. Então paguei pra ver, certa vez e em um curtíssimo espaço de tempo vi que não tinha nada ali pra mim. Não era o que ‘não’ esperava. Então isso passou e chego nos dias de hoje. E assim sendo chego no meu dia preguiçoso e explico onde quero ir de fato.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Passei dos 20, observando e sentindo nada, mas sabe a coisa que mais me admira nas relações, tão superestimadas, amorosas? <b>A sutileza que existe entre os apaixonados</b>. É tão bonito de ver, que quase chega a me encantar</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; "> <span style="color: gray; ">(No fim do texto, parecerei uma vaca sem coração por não parecer acreditar em metade dessas coisas, but who cares? Yeah, that’s what I thought.)</span>.<span style="color: rgb(31, 73, 125); ">Ok que acho lindo também os filmes mais melosos do universo, com histórias absurdas, choro 40 cataratas com eles e com livros da mesma linha e assim por diante, mas a <b>ficção podje</b> né? Enfim, voltando ao foco e agora me manterei nele.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">Sutileza.</span></b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> Sim, a sutileza deu ensejo a tantas músicas, tantos livros, tantos filmes. Não é só o sentimento em si que faz com que as histórias nasçam, é necessária a delicadeza que surge junto com a paixão, amor. Pensando ao ouvir minhas duas tão faladas músicas, acabei recordando de tantas outras, tão cheias de sentimentalismo e mais sutilezas. Então me perguntarão onde estão as tais sutilezas, que repeti 30 vezes em menos de 10 linhas. A titia diz...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; font-weight: normal; "></span>Os sentimentos desse tipo nascem com a sutileza</span></b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">. Dois estranhos se conhecem, tendenciosamente, e em algum momento se apaixonam e pronto. O que ninguém se atenta é que a possível primeira faísca nasce com um <b>toque acidental das mãos</b>, um olhar diferenciado que dá aquele arrepiozinho na nuca, um abraço um pouco mais demorado, <b>um sorriso num momento inesperado</b>. Os tais pequenos detalhes também estão presentes o tempo inteiro naqueles amores que supostamente aparecem do nada, seja entre melhores amigos, piores inimigos e afins. É sempre uma <b>palavra</b> que faz a diferença e não o <b>texto inteiro</b>. É sempre uma <b>flor</b> que muda a perspectiva toda e não o <b>buquê enorme</b>. É sempre o<b>bilhetinho meio amassado</b> que é colocado dentro do livro que faz todo<span> </span>o sentido e não o<b>livro</b>. As sutilezas crescem junto com os sentimentos tímidos, contidos, inseguros.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Então os apaixonados inseguros se declaram e finalmente ficam juntos. A sutileza acaba? Na verdade não. Ela continua ali, entretanto ela adquire uma nuance mais <b>intimista</b>, mais aconchegante aos dois. A empolgação continua ali, pelo menos deveria continuar, mas as atitudes que fazem a diferença parece tão mais do casal do que de qualquer um que pareça estar prestando atenção.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Os casais criam um <b>mundo paralelo</b>, mesmo quando estão em meio a uma multidão. Não existem toques acidentais mais. Ela entrelaça os dedos dela nos dele e o carinho com a ponta dos dedos é um jeito bobo e singelo de dizer que <b>ela está ali com ele</b>, mesmo que ela esteja prestando atenção numa conversa do outro lado da rua. Ele beija carinhosamente o ombro dela enquanto os braços dele se apertam contra a cintura dela, mostrando estar ali também. Eles sorriem com piadas que só fazem sentido para eles. <b>Com um olhar tudo parece ser entendido</b>. Eles cochicham segredos tão deles quanto os <b>batimentos cardíacos alterados</b>quando estão juntos. A ponta do nariz roça pelo pescoço um do outro, tão familiarizado com o cheiro um do outro. Ela beija a ponta do nariz dele, só para fazê-lo rir. <b>Ele beija o pulso dela, porque isso a faz derreter</b></span><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; ">.</span></b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; "> (Parênteses aqui. HAUAHA Eu tinha que por algo meu neste texto. Eu quase derreto com beijo no pulso... ok, eu derreto inteira. HAUAAH)</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> As sutilezas continuam todas ali, modificadas, mas estão ali. O corpo pulsa junto do outro. Um se aconchega no outro. Um acaba sabendo quando o outro está bravo, com um suspiro alterado.<b>É a suposta maravilha do envolvimento</b> </span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; ">(Continuo com o suposta porque disso eu não entendo. HAUAHAAU).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; "></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Vejo todas essas coisas desde sempre, assim como vejo a minha volta os efeitos colaterais dessa maravilha toda. Talvez os efeitos colaterais sejam mais assustadores que a maravilha do envolvimento.<o:p></o:p></span></span></p><span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: gray; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Não só vejo, como escuto em cada música que passa por minha playlist. Então, em dias em que sinto falta de uma coisa que não tenho e nem tive, penso que pode ser que <b>todo mundo esteja certo e eu errada</b>.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: gray; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>Como já disse, duas músicas me fizeram pensar. </span><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">Uma delas diz </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); ">“<span class="apple-style-span">Well, I've been afraid of changing, 'cause I built my life around you”</span></span></i><span class="apple-style-span"><i><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> </span></i></span><span class="apple-style-span"><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">E essa frase soa tão forte. </span></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">Construir a sua vida ao redor de uma pessoa só. Soa como <b>dependência</b>, necessidade extrema e até um pouco de<b>posse.</b> Mas por outro lado, parece que criar uma vida ao redor de uma pessoa que está ali por você não aparenta ser ruim. Ter alguém perto, saber que acordar nem será tão solitário por uma vida toda, ou parte dela. </span></span><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); ">“So, take this love and take it down”</span></i></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); "> </span></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">A mesma música pede que a pessoa amada leve esse amor. É engraçado como casais dão <b>seus corações</b>, seus sentimentos um para o outro. O que não deixa de ser bonito também.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: gray; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>O que me leva para a outra música, mais intensa, mais de entrega total. Não que a outra não seja, mas ela é mais contida, mais acanhada<i>. </i></span></span><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); ">“When it comes to love it isn’t easy at all</span></i></span><i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); "> <span class="apple-style-span">to put what I feel inside a simple phrase”</span></span></i><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> É engraçado, as pessoas se inspiram com o tal do amor, mas dificilmente conseguem formular sentenças que possam ser utilizadas pra externar tais sentimentos. Disso eu entendo. Falar do que se sente é fácil quando se trata da família, de amigos de longa data, mas em todos os casos não englobados ai, são difíceis de externar. É fácil nomear sentimentos quando não os tem, falando da boca pra fora. Sim, pessoas, eu tenho sentimentos, mesmo que finja que eles não existam ou nem saiba para que diabos eles servem.</span></span><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); ">“You’re my everything, you’re my one desire, You’re the kerosene that lights my fire”</span></i></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); "> </span></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">É fato que diante de tais palavras os olhinhos até brilham, mas sei lá, será mesmo? Ser o <b>‘everything’</b> de alguém exige entrega sem tamanho, como construir a vida ao redor de alguém. Ser o sol e a terra de alguém é um fardo grande e algumas pessoas, de fato, parecem carregar muito bem isto. Ser o tudo significa ser do outro ao ponto de não haver separação entre o que é e o que a outra pessoa é, tendo-se em vista que ambos estão tão conectados e <b>se tornaram um só</b>. Então a pessoa em questão é o único desejo e novamente isso enche os olhos e o coraçãozinho peludo, mas não é algo possível, certo? O ser humano é uma criatura que vive dos desejos da vida, é <b>escravo do Desejo</b>, o perpétuo andrógeno irmão de Sandman. É o desejo que faz o ser humano andar e caminhar por sua existência. Então ser o único desejo de alguém é impossível, até no sentido sexual. Todo mundo tem fantasias mentais com outras pessoas, além do seu parceiro. Mas como é uma música de amor, então podje. <b><i>Como disse um carequinha muito digno que eu conheço, esse é o tipo de mentira que aquece o coração, ou algo assim, minha memória está uó hoje.</i></b><span> </span>Voltando, agora chego na melhor parte e mais realista da música, você é a querosene que acende meu fogo. É a parte da música que me deixa mais feliz, sabe porque? Porque ser combustível é bom, muito bom. Dizem que a paixão e o amor devem sobreviver com o <b>fogo dos apaixonados</b>. Um dia hei de ser o combustível de alguém </span></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; ">(sim, eu tenho sentimentos, já disse. ç.ç).</span></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: gray; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "></span></span><span class="apple-style-span"><i><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; font-style: normal; "></span>“There was a time in my life when I wondered</span></i></span><i><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); ">, <span class="apple-style-span">if I would ever find true love like people</span> <span class="apple-style-span">dream about, search for, hope for all their lives</span> <span class="apple-style-span">and then you come walking through the door</span> <span class="apple-style-span">of my heart, breaking down walls and change me forever</span>”</span></i><span class="apple-style-span"><i><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> </span></i></span><span class="apple-style-span"><span lang="EN-US" style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">Então a música chega em mim, na pessoa que se questiona se um dia essas coisas acontecerão com ela, só para variar um tiquinho.<i>Maybe someday this kind of thing will ern… just happen</i>. </span></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">Então alguém chegará chutando tudo e tudo parecerá lindo e eu poderei cantar um clássico </span></span><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(240, 44, 133); ">“Hello, I’ve waited here for you everlong”</span></i></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">. Eu poderia passar eras escrevendo sobre as melações, mas eu perdi o foco depois de levar uns dois dias para terminar o presente texto.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: gray; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: gray; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span>O fato é que ando sentindo falta de coisas que nunca pensei que ia ter vontade de ter ou vivenciar. Acima de tudo, tenho sentido falta de toda a <b>sutileza desconhecida</b>. Toda a sutileza que move o mundo dos apaixonados. Sentindo falta da possibilidade de andar por ai,<b>criando jogos bobos</b>, apenas para arrancar algo da outra pessoa, apenas pelo prazer de boas risadas. A falta de um <b>possível beijo roubado</b> quando os pensamentos vão longe e a outra pessoa quer te trazer pra perto. Tendo vontade absurda de entender o porque as mulheres ficam tão brilhantes e <b>shine shine</b> quando amam, especialmente quando entram acompanhadas em algum lugar. Pra essa eu imagino a resposta, ou melhor, li isso em um livro, as mulheres gostam da sensação de serem vistas acompanhadas, apenas para mostrar a todos em volta que tem alguém ao lado delas, <b>alguém a quem elas pertençam</b>, alguém para andar na direção com um sorriso bobo ou dizendo frases bobas e que certamente só os dois entenderão. É, dessas coisas sinto falta nesses últimos meses.<o:p></o:p></span></span></span></span></p><span class="apple-style-span"><span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, sans-serif, Verdana; font-size: 12px; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, serif; color: rgb(0, 0, 0); "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht5g6fXOssG3BdDZoYQwxSljrJEggMzlxWCC7LhxOdHfK2rsvwY8Xl7G3i9vOdhESqmfWD_Fy_0UoYjPNouo7jEwSD0LOJQpTG0L-7jwWDM11esY7CBufuWytoOvv5NEqFvNi0O8TxNIf5/s320/susan2.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583774896714977074" style="float: right; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; cursor: pointer; width: 300px; height: 200px; " /></span>Preciso ser a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Catherine Earnshaw</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> da vida de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Heathcliff</span></b></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, ser uma louca egoísta, mas que não consegue nem conviver com a possibilidade de um mundo sem seu psicótico cheio de cólera que nada mais é do que a metade do que ela é </span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; ">(Morro dos Ventos Uivantes)</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">. Talvez a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Beatriz Portinari</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Dante Alighieri</span></b></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a paixão nunca concretizada que o leva a passar pelo inferno, purgatório até as portas do Paraíso, só para vê-la</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; ">(Vida Nova e a Divina Comédia)</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">. Preciso ser a</span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Marguerite Gautier</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Armando Duval</span></b></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, ser a moça de vida torta que se apaixona e tenta viver uma vida além do que sua existência permitia, morrendo sozinha, sem que seu amado soubesse que ela havia abdicado de tudo </span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; ">(A Dama das camélias)</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">. Talvez necessite ser a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Holly Kennedy</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de um </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Gerry Kennedy</span></b></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, o melhor casal ever, confesso, ele ficou junto dela até depois da vida, do jeito mais sutil e aconchegante possível </span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; ">(P.s. I Love you)</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">. Ser a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Lara Cameron</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Philip Adler</span></b></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, ter medo de perder seu pianista, seu Lonchivar, já que ele fora o único capaz de salvá-la de uma existência sem qualquer possibilidade de carinho, romance ou algo semelhante </span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; ">(Escrito nas Estrelas).</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> Quem sabe eu deva ser a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Bonnie</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum</span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Clyde</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, ou a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Eva Kant</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Diabolik</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Allie</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Noah</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Jamie </span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">de algum</span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Landon</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Andie Anderson</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Ben Barnes</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Rachel</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Finn</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Rachel</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Ross</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Meredith</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Derek</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, <span></span>a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Lyra</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Will</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Arwen </span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">de um </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Aragorn</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Susana</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de um </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Principe Caspian</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">, a </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Paulina Martins</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> de algum </span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(171, 13, 103); ">Carlos Daniel</span></b></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; ">.(Eu só não posso ser a Lolita de algum Humbert Humbert, porque ela foi uma vaca mirim e nem posso ser a Christine de um Fantasma da ópera, porque ela foi mais vaca ainda HAUAHAA).</span></span><span class="apple-style-span" style="color: rgb(31, 73, 125); "><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "> Ou talvez, eu deva ser essa bagunça toda que sou e esperar alguém disposto a ajeitar isso tudo, ou apenas juntar sua bagunça a minha.</span></span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); "><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; "></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">E neste post meloso, lembrei de uma das frases mais encantadoras do universo, ou melhor, um conjunto de falar de Lyra e Will, na coleção Fronteiras do Universo:<o:p></o:p></span></span></span></span></p><span class="apple-style-span"><span><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; "><b><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); ">“</span></b> Ela sentou devagar e ele sentou ao lado dela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); ">- Ah, Will - </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; ">suspirou</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); "> - o que podemos fazer? Será que há alguma coisa que possamos fazer? <b>Eu quero viver com você para sempre.</b> Quero beijar você, deitar e acordar com você todos os dias da minha vida até morrer, daqui a muitos, e muitos, e muitos anos. <b>Não quero uma lembrança</b>, apenas uma lembrança...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); ">- Não - concordou ele - apenas uma lembrança é muito pouco para ter. São seus cabelos, sua boca, seus braços, seus olhos e suas mãos, de verdade, que eu quero. <b>Eu não sabia que jamais poderia amar tanto alguma coisa</b>. Ah, Lyra, eu queria que esta noite nunca acabasse! Se ao menos pudéssemos <b>ficar aqui assim</b>, e o mundo pudesse parar de girar e todo mundo adormecesse...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); ">- Todo mundo menos nós! E <b>você e eu pudéssemos viver aqui para sempre</b> e apenas continuar nos amando.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); ">- <b>Eu vou <u>amar</u> você para sempre</b>, aconteça o que acontecer. Até o dia em que eu morrer e depois que eu morrer, e quando encontrar meu caminho de saída da terra dos mortos, vou ficar flutuando para sempre, todos os meus átomos, <b>até eu encontrar você de novo</b>...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); ">- E <b>eu estarei procurando por você</b>, Will, em todos os momentos, em cada um e todos os instantes. E quando voltarmos a nos encontrar, vamos nos abraçar tão apertado que nada e ninguém jamais vai nos separar. <b>Todos os meus átomos e todos os seus átomos</b>... Nós viveremos em passarinhos e em flores, em libélulas e em pinheiros, em nuvens e naquelas partículas de luz que você vê flutuando em raios de sol... E quando eles usarem seus átomos para fazer novas vidas, não poderão pegar um, terão que pegar dois, <b>um de você e um de mim</b>, pois estaremos abraçados tão apertados...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; line-height: 18px; font-family: Tahoma, sans-serif; color: gray; ">Eles ficaram deitados lado a lado, de mãos dadas, olhando para o céu.</span><b><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); ">”</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); "><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: Tahoma, sans-serif; "><span class="Apple-style-span"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span"><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(31, 73, 125); ">E agora chega que isso daqui está tão meloso que está me dando nojo. HAUAHAAUAHAAUAHAAU pronto, voltei a ser a vaca sem coração.Ok, eu tenho um coração, mas ele é peludo e gelado, amém, porque amor non ecziste<b>. Arrivederci ;*</b></span><o:p></o:p></span></span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(31, 73, 125); font-family: Tahoma, sans-serif; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Tahoma, sans-serif; color: rgb(15, 36, 62); "><b><br /></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center; "><span><b>I could really use a wish right now, a wish right now...</b></span></p></span></span></span></span></span></span>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-56242812662140833092011-02-23T19:18:00.000-08:002011-02-23T19:31:29.803-08:00Ern... ²<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana; "><span class="Apple-style-span">Adoro o fato de passar uma eternidade sem postar e então a postagem sai errada. HAUAAHAAU Ow merda. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Enfim, o texto nem estava bom mesmo, era só pra por alguma coisa aqui antes que eu prometa (para mim mesma, já que eu leio o meu blog e só) que vou escrever algo que preste. A vida de escritora em crise é fogo. HAUAAHAUAAH </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Fato que estes dias me falaram sobre o texto da jornalista e do policial. Então prometi contar o que aconteceu depois, mas a diarréia criativa não veio com intensidade... ainda. Eu sei o que acontece com eles dois, but quero deixar lindo. Quem sabe vire um filme digníssimo. HAUAAHAUAAHA </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Outro fato é que andei relendo os textos e tem MIL erros de português e odiei? Mas como evito a fadiga, como o carteiro do Chaves, deixo do jeito que está.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Odiei que a maioria dos textos falam de alguém dormente. Estou é ficando velha e. HAUAHAUAAHAAUAHAAUAHAAUAHAA </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Eu deveria escrever textos jurídicos também. Ok, eu não deveria. Não sou séria o suficiente pra isso. HAAUAHAAUAHAAUA</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">E acho que é só. </span></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-74748736080295345402011-02-23T19:01:00.000-08:002011-02-23T19:11:56.367-08:00Ern...<span><div style="text-align: justify;"><b><i><span class="Apple-style-span">"I walk a lonely road, the only one that I have ever known</span><span class="Apple-style-span">*</span><span class="Apple-style-span">"</span></i><span class="Apple-style-span"> </span></b><span class="Apple-style-span"> Caminhava sozinha naquele dia, não estava sozinha de fato, apenas era indiferente as pessoas desconhecidas que passavam por perto. Gosto disso, sempre gostei do meu mundo particular. Era fascinante, em certos momentos, a possibilidade de estar só em meio a milhares de pessoas.</span><i><span class="Apple-style-span"> "Don't know where it goes but it's home to me and I walk alone" </span><span class="Apple-style-span"> </span></i><span class="Apple-style-span">Mas em dias como o de hoje, era estranho estar sozinha. Talvez porque torcia inconscientemente para que alguma daquelas pessoas me desse um susto, ou simplesmente caísse, para que assim pudesse rir um pouco. Não estava triste, talvez dormente. Odiava a forma com que nada parecia afetar aquele estado.</span></div><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"></span><i><span class="Apple-style-span">"My shadow's the only one that walks beside me" </span></i><span class="Apple-style-span">Talvez torcesse para que minha sombra saisse do meu lado e simplesmente viesse me contar asneiras. Há quem diga que a sombra é a companhia mais confiável que se pode ter e talvez fosse verdade.</span> <i><span class="Apple-style-span">"My shallow heart's the only thing that's beating" </span><span class="Apple-style-span"> </span></i><span class="Apple-style-span">Sabia que ainda estava acordada por sentir o corpo em movimento em direção ao fim daquela rua, que aparentava ser sem saída. O coração batia, lento e preguiçoso, ou talvez fosse impressão minha. No fim, só andava a procura de uma emoção diferente. Um riso em momento inapropriado, uma bobeira dita ao pé do ouvido que faz o maior sentido do mundo, algo que de fato abalasse as estruturas estáticas em que eu estava presa.</span></div><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"></span><i><span class="Apple-style-span">"</span><span class="Apple-style-span">Sometimes I wish someone out there will find me 'til then I walk alone".</span></i> <span class="Apple-style-span">É possível que alguém ache onde me escondi no meio da multidão, ou talvez seja eu quem deva achar um jeito de sair dali. No fim, tudo fazia parte de uma sucessão de eventos que não sabia o que acarretaria. Era melhor parar de pensar. Caminhar sozinha em direção ao desconhecido parecia mais pertinente naquele momento...</span></div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span">(</span><span class="Apple-style-span">* </span><span class="Apple-style-span">Boulevard of Broken Dreams -Billie Joe Armstrong)</span></div></span>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-2627195146568334902010-09-09T07:26:00.000-07:002010-09-09T07:35:47.777-07:00Não sei, não sei.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBsQvLHus93qo2jQ-0p2xAKBNo7h83EqlO_EGlq1Y_wOw3IV-o5tgCGMQLU9eYwDxBbhccIqnwwTq20kcSrIc0kXVrGdF-mKkogUsIXacdwE8U_whN-hmPIfNtPpIqtmieDQcRqlJoqWin/s1600/colorful_4_1920.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBsQvLHus93qo2jQ-0p2xAKBNo7h83EqlO_EGlq1Y_wOw3IV-o5tgCGMQLU9eYwDxBbhccIqnwwTq20kcSrIc0kXVrGdF-mKkogUsIXacdwE8U_whN-hmPIfNtPpIqtmieDQcRqlJoqWin/s320/colorful_4_1920.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514920881547740242" /></a><br /><span style="font-family:tahoma;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Os olhos se abriram e tudo que vi foi o teto do quarto, já banhado com os raios de sol de mais um dia igual aos outros. A vontade de sair da cama não existia. A dormência se encontrava instalada em mim mais uma vez. As mãos e os pés formigavam, enquanto aos poucos ia me mexendo. Os dedos percorreram os cabelos, jogando a franja bagunçada pra trás, os pés iam se mexendo em pequenos circulos, afim de fazer o formigamento parar. Sabia que isto não aconteceria, mas tentava mesmo assim. O corpo preguiçoso finalmente se levantou e rapidamente enrolei-me na coberta. O frio deixava o clima agradável e meus pés não protestaram ao pisar no chão gelado, não fazia diferença. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Sem saber porque ou o que, procurei em volta, mas não achei nada. Talvez estivesse procurando uma bengala para dar apoio. Talvez tivesse procurando o sorriso que ficou em algum canto da estante. Ou ainda podia estar procurando a lágrima que um dia um palhaço me deu, onde o mesmo mostrava o que estava embaixo daquela pintura alegre e feliz. Talvez fosse saudade de coisas que sabia que sentia falta e de tantas outras que não imaginava. Quem sabe fosse a vontade de fazer algo para mudar tudo que parecia tão igual e tão monocromático? </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Não sabia, mas estava cansada de ver tanto azul a minha volta. Sempre gostei do azul, mas sempre lembro de Apologize e como azul nem sempre é algo bom. Quem sabe alguns pequenos potes de tinta pudessem resolver este problema. Quem sabe um pouco de ajuda pudesse fazer bem também. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">No fim, não sabia do que precisava, mas sabia, mesmo com a dormência, o que eu precisava ter por perto para que meu dia fosse menos azul e mais colorido. Tinha meus pequenos potes de tinta, cada um deles trazia uma nuance diferente para minha vida. Só parecia dificil, em um dia como hoje, juntar todas e ter meu arco-íris de volta.</span></span></div></span>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-24207613345086177672010-08-03T20:17:00.000-07:002010-08-03T20:35:21.367-07:00'Cause you love and you bleed (1)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIxGgRdA08cqaAVs0eCvJMeks1fYTdXjtMqOfYXaI1GBbDDzfhq09LHFqdWNnsZa0e1x4Q5s0SD8ijvQ5LxtKcRGt51L5Ch_Jc-0nGPPRaGHLozhEVKFLh4xreBU3AT7DQA2BcC34VXkXy/s1600/aaaaaaaa.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIxGgRdA08cqaAVs0eCvJMeks1fYTdXjtMqOfYXaI1GBbDDzfhq09LHFqdWNnsZa0e1x4Q5s0SD8ijvQ5LxtKcRGt51L5Ch_Jc-0nGPPRaGHLozhEVKFLh4xreBU3AT7DQA2BcC34VXkXy/s200/aaaaaaaa.bmp" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5501391636150779826" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:tahoma;font-size:12px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;">Um texto antigo que devia ter colocado aqui antes.</span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:tahoma;font-size:12px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;"><br /></span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:tahoma;font-size:12px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;"><br /></span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:tahoma;font-size:12px;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">Não se sabia ao certo quando havia começado, ou melhor, o começo foi um pequeno flash na história. Ela cruzou com ele e ambos se olharam de relance e seguiram seus rumos. Ele tinha uma vida e ela outra bem diferente. Aquela fora a única vez que ambos se olharam em anos. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:tahoma;font-size:12px;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Os dias se passaram, as noites tornaram-se novamente dias e os anos caminharam, até que um belo dia, ela olhara por uma janela, espiando, curiosa, torcendo para não ser notada ou vista, mas foi pega no pulo. Uma porta se abriu e lá veio ele, olhar desconfiado, mãos no bolso, passos firmes. Ela se encolheu por uns instantes até que pudesse ver seu rosto, ela o reconheceu prontamente, enquanto ele não teve a mesma facilidade, seus cabelos antes curtos, agora estavam longos e claros. Ele mantinha a distância segura, enquanto ela sorria contando onde eles tinham se visto e como ela ainda lembrava de tal pequeno encontro. Ele sorriu, ainda desconfiado e sua memória era boa o suficiente pra que depois de um tempo ele lembrasse do que se passou. Ali, em frente àquela janela, eles conversaram, por horas, como se sempre tivessem feito isso. Um assunto puxava o outro, uma ponta levava a outra e a teresa de assuntos deles estava formada. Risos, desabafos, pequenos pedaços do que ambos passaram foram sendo revelados. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Ele era um policial de regata branca, cara de mau, bem apessoado, com a voz calma, uma touca prendendo os cabelos que esvoaçavam a cada pequena rajada de vento. Ela, era uma jornalista desastrada, sem muito rumo, um sorriso constante no rosto, nervosismo aparente, que se transcrevia em palavras confusas, que no fim faziam algum sentido. Ali nasceu uma bela amizade. Ela sorria como uma criança com sua presença e sua conversa descontraída, ele sorria de volta, parecendo gostar da presença dela.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Ele sumia por longos tempos, mas sempre voltava, com o mesmo sorriso de canto, a pose de rapaz seguro, aqueles olhos atentos a cada pequeno detalhe, mesmo que escondido. Ela se impressionava com a capacidade dele de ler as pessoas, com um olhar. Ela não tinha medo de ser ela quando perto dele. Torcia para suas aparições serem menos escassas, a cada vez que ele sumia. E no fim ela sempre esperava, para falar com aquele grande menino fechado em uma armadura, que quando vista de perto, tinha apenas a função de afugentar quem olhava de longe. A Cada encontro, novas nuances dele apareciam, ele não era do tipo que mascarava o que sentia, se abria e se jogava, independente do que achassem, era a melhor parte de tudo. Ela sabia que ele não tinha meias palavras, era o que era e ela se contagiou com aquilo e parou de tentar manter a pose de segura, revelando pouco a pouco suas fragilidades, suas bobeiras e suas criancisses. Ela nem de longe era perfeitinha ou desprendida, ela era garota em corpo de mulher, que tropeçava por onde passava, que tinha receio de se aproximar de pessoas novas por não se achar aceitável, ela fora escrava do medo de não agradar até que ele aparecesse. Ele tinha um coração sofrido, receoso e cheio de pequenas cicatrizes de maltratos em seu passado, já ela, tinha um coração bagunçado, confuso, com pequenas feridas, ainda com cascas cicatrizando. Eles pareciam se entender, em meio as suas histórias tortas, porém reais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Mais um período sem que ele aparecesse no mesmo lugar de sempre, ela achou que ele nunca mais viria, mas ele apareceu, ele sentira sua falta, assim como ela sentiu a dele. Ele deu o endereço de seu apartamento, caso ele sumisse demais, lá seria o lugar onde ela poderia o encontrar com mais certeza. Ela guardou o pequeno pedaço papel em seu bolso, já que não carregava bolsa. Ao chegar em casa, guardou o papel em seu pequeno mural, ali poderia olhá-lo até tomar coragem de vê-lo em seu local privativo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> <span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">Ela ficava longe de quase todo mundo, apenas por achar que seria inconveniente, ou chata ou encheria o saco, apesar dele não parecer ter tais sensações.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Mais dias foram-se embora até que ela saísse no meio de uma madrugada de insônia, atrás de seu chocolate quente favorito e sem que se percebesse, ela andava pro lado oposto, ia em direção ao endereço que ele dera. Ela parou ali em frente por alguns tempos enquanto ponderava consigo mesma sobre o que fazer, ainda mais dado o horário, foi quando ela ouviu uma voz atrás dela e um toque em seu ombro que a fez saltar de susto: " É você mesmo né? Finalmente veio" e ele se virou para ele e sorriu. Os dois subiram. Ele pegava as roupas espalhadas pelo chão do lugar e ela ria, ao ver que não era só ela a não ser organizada ao extremo. Ela ameaçou dizer algo, mas preferiu apenas se jogar no chão, em frente ao sofá, e esperar que ele se sentasse perto. Ele logo desistiu de dar jeito em tudo e sentou-se no sofá, revelando ao tirar os calçados, as meias levemente encardidas, algo que ela nem percebeu pois ele olhara em seus olhos e viu uma pequena fagulha de tristeza escondida, pedindo prontamente pra que ela contasse o que ocorria em sua vida. Ela achou estranho, ninguém pedia ou falava tal coisa, timidamente ela começou a descorrer sobre seus problema, enquanto ele parecia mais atento do que qualquer pessoa ficaria em situações assim. Ela contava tudo, ouvindo pequenas endagações dele, enquando preferia olhar pros pés, ela tinha a mania de olhar pra eles quando vulnerável demais, vez ou outra olhava pra ele tão perto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> E como sempre, um assunto puxou o outro e aquela madrugada teve um pouco de tudo, risos e até a proposta de um casamento ao melhor estilo de Vegas, Elvis e Marilyn se casando, alianças com dados cravados e tudo que tivessem direito. A madrugada não tardou para tornar-se dia, como se de fato a noite fosse uma criança e pequena como tal, deu lugar ao dia, aquele adulto chato que gosta de tomar controle de tudo. Ela via sinais de cansaço nele, mas nem ele arredava os pés dali e nem ela ousava se mexer, até que o primeiro bocejo dele viesse. Em um pulo ela se levantou, puxou-o do sofá, praticamente obrigando-o a deitar na cama. Ela saira de lá saltitante e contagiada, o dia raiara a pouco e ela queria comer ou qualquer coisa que a mantesse em movimento, passando e repassando o que ambos falaram e tudo que descobriu e aprendeu. Ele provavelmente estaria no décimo primeiro sono, descansando, merecidamente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Mais alguns dias se passaram até que eles se vissem novamente, mas todos os encontros eram fabulosos, ele tinha o dom de fazê-la ficar sem jeito, ou deixá-la sem ter o que dizer. Ela acabava sempre rindo enquanto as bochechas coravam e ele achava aquilo lindinho, ela acabava rindo da cara que ele fazia ao constatar isto. Eles eram os mesmos de antes, em novas perspectivas, ângulos e estilos. De alguma forma, era tudo leve, como o movimento da pena quando sai da asa de um passarinho e paira no ar, até calmamente repousar no chão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Ela criou um hábito bobo, sempre que ambos se encontravam, levava uma música nova ou várias, como se quisesse gravar todos os momentos pelas melodias ou letras. Era algo para que ele ou ela se agarrassem quando longe. Eles dividiram histórias da infância, fotos embaraçosas, de tudo um pouco, quanto mais conversavam, mais pareciam se conhecer a séculos, era o que ela dizia. Seus gostos para comédias românticas eram iguais, ou para seriados que cairam no esquecimento de muitos ou até mesmo aqueles que estavam na moda. Havia ali um pouco do retrô, do moderno, do atual e do ultrapassado, em uma mistura louca e absurdamente fascinante.Era notável o brilho nos olhos dela, casado com seu sorriso persistente, ou o sorriso de canto dele, se divertindo com cada trapalhada dela. Ele se achava o tipo errado, absurdamente errado, ela achava que não levava jeito pras coisas do coração. Eles eram dois andarilhos sem rumo que por obra do destino se cruzaram. Ele tinha seus surtos e precisava ficar só e ela na mesma proporção tinha suas crises infindáveis. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Certa noite, lá estava ele, quieto, olhar perdido e ela não sabia o que fazer, foi quando resolveu oferecer seu colo, era o melhor que tinha ali, diante da situação. Ele aceitou prontamente, apenas revelando seu dia cheio e complicado. Ele se aninhou no colo dela, como um gatinho manhoso que roça em sua caminha, procurando ficar confortável. Ela evitava falar muito, enquanto suas mãos percorriam os cabelos dele, procurando de algum jeito, acalmá-lo ou fazê-lo esquecer do dia que tivera. Não demora para que ele se livre de seus sapatos novamente, e lá estavam elas, suas tão características meias encardidas, ela riu, pois ele chacoalhava os pés freneticamente em sua frente. Era um garotinho ali de novo. Logo ela ofereceu um centavo por seus pensamentos e ele devolveu em resposta uma chuva de cócegas e ela se contorceu até que ele fosse bonzinho e parasse com golpe tão baixo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Ela tentou uma proposta mais aceitável, mas ele não cedia e as cócegas sempre voltavam, mesmo que ela tentasse se soltar dali. Pareciam crianças arteiras naquela sala. E mais uma madrugada se passou, com ambos em claro, dividindo, misturando e relatando suas histórias.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Ela andava por ai, relembrando as conversas e as risadas e instintivamente ela ria junto, a cada memória pequena e engraçada. Ela se pegara pensando mais que o normal nele e ansiosa demais para vê-lo de novo. Ela teve uma idéia, tendo em vista que a próxima vez que se cruzariam, iria demorar. Ela chegou mais cedo em casa, certo dia e mexendo em suas coisas achou uma pilha de fotos, das mais variadas e no meio, algumas dele. Ela cortou, recortou todas e foi montando um belo álbum, brega, ela confessava, mas o intuito era não ser lindo absurdamente e sim atingir o objetivo e das piores hipóteses, arrancar alguns sorrisos dele. Ela procurou a música perfeita e tudo foi planejado, desde a cor das páginas, até a disposição das fotos. No dia seguinte, ela fora a uma joalheria e encomendou duas alianças ao melhor estilo de Vegas, ambos os dados marcavam 4 pontinhos, era o número da sorte dela. Ela guardou tudo juntinho, esperando o dia de vê-lo, por alguns dias ela ficou ansiosa com a perspectiva que havia trazido pra sua vida, mas tentava se acalmar antes que explodisse com tanta expectativa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Finalmente o dia chegou e lá estava ele, ela sorriu, perguntou rapidamente como ele estava e entregou em suas mãos aquele álbum com capa de cetim preto e fitas por todo lado e uma caixinha presa com uma fita com um laço. Ela voltou a roer suas unhas enquanto ele olhava tudo, sentado não muito longe dela. Ela arqueava a sombrancelha a cada reação vinda dele, ele não falava nada ou olhava em sua direção, ela estava cogitando gritar pra ver se ele dizia algo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Algum tempo depois, ele abriu a caixinha, onde havia um pequeno papel dizendo o clássico "Casa comigo?", ela se encolheu instintivamente, em especial quando ele começou a caminhar em sua direção. Houve um misto de calma com euforia, de medo com vontade de saber. Ele olhou em seus olhos e perguntou confuso se era sério, nele havia uma fagulha que brilhava nos olhos e ela timidamente disse que sim, que era verdade. Os braços de se entrelaçaram na cintura dela e instintivamente ela olhou pra cima, olhando pros olhos dele, ainda aflita com a resposta que não vinha. O sim veio quando os lábios dele tocaram os dela, num beijo sem pressa, sem vontade aparente que acabasse logo. O coração dela desparou a medida que seu corpo amolecia entre os braços dele, os braços dela circundavam o pescoço dele, mantendo o contato dos dois. O beijo esquentava a medida que havia uma necessidade aparente dos dois de se amarem ali mesmo, entre aquelas paredes, diante das mesmas paredes testemunhas de boa parte daquela história. As roupas viraram detalhes que caíam a cada instante, elas não eram necessárias diante do fato de que eles precisavam se sentir um do outro. As mãos roçavam nos corpos nus, ele aos poucos se tornava dela e ela dele, conforme se tornavam um. Ela era amada como jamais imaginara e ele se mostrava ali, a cada instante, a cada toque, focado nela e o mesmo acontecia de volta. Os corpos só se soltaram quando ele se afastou alguns instantes e ela sem pensar duas vezes, voltou pra eles, em um abraço de proteção e de vontade de estar perto, ali ela sussurrou:</span> <span style="color:#FF0000;">E eu agora nos declaro marido e mulher...</span> <span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">E ele suavemente respondeu:</span> <span style="color:#FF0000;">Até que a morte nos separe, guria...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color:#FF0000;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color:#FF0000;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); "> </span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">A noite se passou e o dia veio novamente, ela acordou e lá estava ele, deitado, dormia serenamente, apesar de se mexer vez ou outra de maneira agitada. As alianças repousavam nos dedos de ambos e ela ria ao olhá-las, brilhando conforme a luz do sol entrava ali. O dia seria lindo, ela sabia já acordada. Ele acordou e riu ao vê-la já de pé, andando de um lado pro outro evitando fazer barulho, apesar de tropeçar umas vezes no sofá. Eles fizeram um pouco de tudo, apenas curtindo cada momento juntos. O dia pareceu voar e o tempo parecia que não pararia de correr mais. Eles riram deitados no chão, eles falavam olhando nos olhos um do outro, com cara de bobos de olhos brilhantes. Eles comeram besteiras, eles falaram besteiras e se descobriram de novo e de novo um nos braços do outro. A noite ia chegando e ela falou de sua vontade de dançar, apesar de não saber como fazê-lo mais e quando ela se dá conta, ele está em sua frente, esticando o braço, conviando-a para dançar. Ela se levantou enquanto se saculejava, mostrando sua falta de ritmo ou compasso. Ele a segurou pela cintura e foi levando-a no embalo da música do cantor mais preferido do universo dela, como ela costumava chamar. Os passos eram desajeitados, mas ali estavam eles, na dança deles, só deles. Era o cheiro, os toques, o carinho, a melodia, a respiração, o pulsar do coração, tudo junto, atado, unido. Ela cantava baixinho e desafinado pra ele</span></span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); "> <span style="color:#FF0000;"><i>"If I told you that you’re everything, would you sing along?"</i></span> </span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">e logo os lábios dele se juntaram aos dela de novo. Mas logo a dança foi interrompida, ele se foi e ela continuou ali, ouvindo repetidamente a mesma canção, lembrando dos passos da dança. Ele de fato voltou, beijou a testa dela e saiu novamente, ele provavelmente voltaria logo...Ou não.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> E como se fosse o passado voltando, talvez pra se repetir como farsa agora, os dias voltaram a passar e tornar-se noites, como sempre ocorria, desta vez, nela havia uma ponta de esperança que o dia seguinte, ele estaria lá de novo, com seu riso fácil e sua fala mansa. E a rotação dos dias passou a ser mais pesada, a cada hora que passava. Ela ocupava sua cabeça com trivialidades, com seu trabalho ou com suas tão amadas músicas, mas seus pensamentos acabavam se redirecionando, mesmo que ela tentasse não fazê-lo. A porta nunca se abria, a não ser quando ela saia por ela, rapidamente, para que voltasse logo e quem sabe, tivesse a surpresa jogada em cima do sofá, com sua xícara de café, olhando pro nada enquanto a velha vitrola tocava qualquer coisa de seu gosto. É, eram só vontades daquela, agora, garota boba. Ela tentava sair, se divertir ou conhecer pessoas novas, mas da forma que se achava, apenas não era boa companhia.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Quando se jogava no sofá, apenas para ver o tempo passar, acabava usando o tempo pra pensar em qual tipo de missão mirabolante ele se achava. Eram todas idéias com super poderes, bruxos, magos e nada nem passava perto do mundo de fato. Como ela lembrava uma criança. Quando estes pensamentos iam, de algum jeito, com o passar do tempo, ela passou a pensar que o sumiço parecia fruto do que acontecera, ela em certos momentos se culpava, apesar de não se arrepender. De algum jeito, ela se sentia como Andie Anderson, ou aluna dela, em suas táticas de perder homens com gafes corriqueiras, talvez fosse a explicação. Pelo menos ela teria aprendido algo de fato.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Três semanas se passaram e nenhum sinal de vida, fumaça ou coisa do tipo. O apartamento se achava agora impecável, com tudo devidamente ajeitado, guardado, lavado e limpo, fruto de seu tempo vago e da compulsão por se manter ocupada naquele tempo. A espera fazia sua gastrite adormecida gritar novamente, o coração contraia-se como se gritasse pra que a ansiedade apenas fosse embora, mas ela nunca ia. A espera ia matá-la aos poucos, assim como a culpa que parecia tomá-la mais um pouco. Ela iria embora em breve, antes que de fato definhasse ali. Ah como ela sentia falta dele ali, rindo, brincando, sério, bobo, menino. Enquanto ela esteve ali sozinha, ela pode descobrir mais sobre ela, alguns detalhes que até então, eles nunca tinham falado ou comentado. Detalhes estes que ela nem pensava em falar ou comentar caso ele um dia aparecesse.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Suas coisas estavam ajeitadas, ela pretendia devolver a ele seu espaço, que invadira quase sem pedir permissão. Aparentemente, estar só era mais agradável do que ter uma pessoa que fala mais que a boca por perto, ela supostamente entendia. Um pedaço de papel foi o que sobrou em cima da mesa de centro, ao lado a caneta dela, com uma fita rosa amarrada. A caneta foi batida por muito tempo ali na mesa, sem que nenhuma palavra começasse a sair. Era como se elas tivessem escapado apenas com a perspectiva dela se sentir vulnerável e fazer o que detestava. A aliança com um dadinho em cima que comprara, pairava ao lado do papel e ela se segurava para não colocá-la no dedo de novo. A caneta finalmente tocara o papel e uma pequena rajada de vento moveu os cabelos da nuca dela. Ela olhou pra trás e lá estava ele, parado atrás do sofá. Ela pensou em pular em seus braços, mas algo a prendeu, ele se encontrava sério, ele olhava pra sua mão e depois pra mesa. A sua voz saiu enquanto a questionava do porque não estava usando-a no dedo.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Ela articulou a boca para responder, falando baixo em como perguntavam do par da aliança e seu dono e como se encontrava sem jeito com a situação. Ele não cedeu, estava ali, estático e frio. Instintivamente ela se encolheu e se calou. A voz dele ainda parecia contrariada, em especial enquanto ele olhava em volta. Ela apenas acenava com a cabeça em resposta, sem ousar articular os lábios pra qualquer resposta direta. Ele saiu de perto e foi para a cozinha, ali, ele achou um quindim e em um passe de mágica, ele foi voltando ao que era. Ali ele comeu e ela apenas o observava, quieta, ainda olhando pro papel em sua frente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> Ele voltou pra sala com um sorriso no rosto, no fim, aquelas coisinhas amarelas faziam milagres com ele mesmo. Ela pode, timidamente e receosa, dizer que sentiu sua falta e ele fez o mesmo. A conversa tornou-se despojada por algum tempo, alguns sorrisos foram soltos, mas tudo tornou-se neblina quando ele olhou pra um dos cantos e viu tudo arrumado. As nuvens tomaram conta do ambiente e seus olhos entristeceram e tornaram-se receosos. Ela se encolheu mais ainda em seu canto enquanto ele perguntava se ela queria conversar, ela não queria, ela sabia como ficaria. A sua voz saia quase num sussurro enquanto ela dizia o que pensava e ele parecia indignado com o fato dela ainda estar sendo doce e compreensiva diante de tudo. Ela era assim, era melhor ser assim do que ser diferente e a sensação que isso trazia. Ela era fatalista ao extremo, costumava crer que tudo pra ela daria errado, cedo ou tarde, independente do aspecto, ela se preparava antecipadamente pra destruição que causava na vida das pessoas com seu jeito impulsivo, e lá estava sua nova destruição. Mais uma vez ela conseguiu. Ele olhava diretamente pra ela, enquanto ela apenas mirava seus pés, que tinham os cadarços desamarrados e os pés se encontravam tortos, era como eles ficavam quando ela estava sem reação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> As palavras saiam de sua boca extremamente pensadas, ela não ousaria machucá-lo, isso a machucaria de volta. Ele parecia chateado com o quão forte ela tentava parecer, mas ela não queria que ele visse fraqueza, ela perdera muito com sua fraqueza sem tamanho e não pretendia perder de novo pelo mesmo motivo. O tempo voou, apesar do clima e ele tinha que se ausentar novamente. Eles combinaram se falar naquela mesma noite, quem sabe para ajeitar os pontos soltos. E lá foi ele por aquela mesma porta. Logo depois ela saiu também, iria deixar suas coisas em sua casa, respirar novamente antes de voltar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /> A noite chegara rápido e lá estava ela, novamente naquele apartamento. Ela colocou seus fones de ouvido, deixando que as músicas, como sempre, dissessem o que ela sentia. Ela sentia um misto de tudo um pouco e de quase nada, nem ela entendia o que se passava. Se perdeu em seus pensamentos e voltou por diversas vezes e ainda sim, estava sozinha ali, apenas esperando. Ela fechou os olhos com força e contou até três, ela queria voltar pra realidade mais agradável de antes, mas ao abrir os olhos, ela ainda estava sozinha e só Deus sabia como ela odiava a sensação de estar apenas em sua própria companhia. Seus pensamentos voaram e fizeram força pra que alcançassem os dele e ele aparecesse de fato e nada. O dia amanheceu e seus olhos ardiam, não por ter chorado, apenas por estar ali sozinha. Respirando profundamente, ela se levantou, vestiu seu casaco e saiu, precisava desesperadamente de algo doce naquela manhã. Achou seu sonho de doce de leite favorito e o devorou sem sentir o sabor, nem importava. Junto com ela, estava a mesma caneta de antes e a sua caneta. Ela respirou fundo, enquanto o peito se contorcia de dentro pra fora, trazendo mil sensações controversas, as palavras finalmente estavam pulando no papel, como se magicamente todas elas tivessem voltado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Ela colocou parte do que sentia ali, parte, apenas foi deixando subentendida, não devia ser uma despedida, apenas o desabafo de uma garota que sonhara demais e foi esquecida em seus sonhos. Ela terminou de escrever e voltou pro apartamento, parando na porta, ela não entraria, não queria sentir-se sozinha de novo. O papel, agora amarrado com a sua fita rosa, rolou por baixo da porta, ela olhou mais uma vez, com a idéia de entrar e pegar o papel de volta e rasgá-lo, mas sabia que devia ser daquele jeito. Então ela foi pra sua casa, deixando ali o único vestíigio, além da aliança que ainda estava em cima da mesa, de sua passagem por ali.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><br /><div style="text-align: center;">"Hey, você...</div><div style="text-align: center;">Espero que independente de quando for, leia isto até o fim. De fato não sei por onde começar ou terminar, apenas deixo que as palavras guiem e no fim, torço pra que elas cheguem a ti como pretendo.</div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><br /></span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><div style="text-align: center;">Você foi uma das melhores coisas que me aconteceram, ainda considero que seja, mas acho que meus impulsos nos levaram a onde estamos hoje. Talvez se pensasse mais, como costumo fazer antes das coisas que não devo, tudo seria menos complicado e tudo voltaria a ser leve entre nós dois, certo? É a esperança de que podia fazer diferente e causar menos transtorno, nem que seja nos pensamentos mais remotos.</div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><br /></span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><div style="text-align: center;">Conseguiu o que quase ninguém conseguiu, me fez sentir bem comigo mesma e ver que de fato, valia algo sim. Ensinou-me coisas e espero ter te ensinado alguma coisa aqui e outra aculá. E no fim, só agradeço por isso. É, agradeço sim.</div><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">Queria ter feito metade do bem que me fez e de algum jeito, nesses tempos, acabo tendo a impressão que não. E convivi comigo mesma um bom tempo pra entender porque, não te culpo.</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">A espera estava dura demais, machucando demais, é como esperar por alguém que a gente sabe que não vem mais, sabe? Como diz a música do Reação... Talvez estar sozinho, ou com outro alguém seja sua melhor opção, certo? Invadi sua vida sem pedir licença e me instalei sem indagar mais de uma vez se podia, talvez fosse o medo de ouvir um não. Mas agradeço pelo sim, mesmo que talvez tenha sido por ter ficado sem jeito em dizer que não. Mais uma vez, não te culpo.</span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">De algum jeito, torço pra quem sabe em algum ponto possamos voltar a onde paramos, antes de toda a bagunça. Era bom o que tinhamos e, como sempre, estraguei tudo. Nem é novidade, sou uma bagunça. Enfim...</span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">Isso era pra ser apenas um pequeno bilhete e virou este amontoado.</span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">Caso não queira mais aparecer, quero que se cuide, mesmo e acima de tudo, sorria, não sabe o poder que tal sorriso tem nas pessoas. Seja o que é e isso vai bastar.</span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">Senti e vou sentir sua falta.</span></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><div style="text-align: center;">Amo-te...</div><div style="text-align: center;">Um beijo na ponta do seu nariz."</div></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); "> </span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">A sua casa parecia mais escura que o normal e tudo parecia diferente, um misto de preto e branco. Ela não trancou a porta, apenas a deixou entreaberta, ainda havia esperança nela. Foi até seu bar e pegou um copo e uma garrafa qualquer, ligou seu aparelho de som logo em seguida, escolhendo a música, Caruso de Lucio Dalla tocava baixo, enquanto ela se encontrava na penumbra do que era, do ambiente e do que pensava. A garrafa apenas lhe fazia companhia, enquanto seus lábios se mexiam no ritmo da canção. Era triste na mesma proporção que ela estava triste. Ela não choraria, foi o que prometeu a si mesma, apesar de saber que era fraca demais pra que a cumprisse. O sono veio, ela não sabia de onde e seus olhos pesaram finalmente. Dormira ali, agarrada a sua dor, agarrada a garrafa de bebida, embalada pela música fossal e acordou com os olhos colados, aparentemente, os sonhos não foram tão melhores quanto a realidade. Ela limpou seus olhos e olhou em direção a sua porta, ainda entreaberta. Ela riu se levantava e caminhava até lá. Ela parou, apoiando as mãos nela por alguns segundos, fechou os olhos por alguns segundos, enquanto cantarolava baixinho para si mesma. A porta se fechou, ela encostou a cabeça ali e as pequenas lágrimas finalmente escorreram enquanto ela ria de si mesma, a voz saia embargada e rouca enquanto ainda cantava</span></span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); "> <span style="color:#FF0000;"><i>" So I walk up on high and I step to the edge to see my world below... And I laugh at myself while the tears roll down, 'cause it's the world I know"</i></span> <span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">Ela ainda esperaria, de alguma forma, qualquer resquício ou pedaço dele aparecer em sua vida e outra música veio em sua cabeça ao constatar isto, mas estas palavras não disse, apenas guardou para si</span><span style="color:#FF0000;"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> </span>"It's not a second, it's seven seconds away. Just as long as I stay I'll be waiting"<br /></i></span></span></span></div></span>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-13790621221480479562010-08-03T19:53:00.000-07:002010-08-03T20:12:29.436-07:00Vida fake, off, do avesso, pra cima e para baixo \o\<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmBpzlKKR5c2aGdbqox0ItAxKtL2S0JMIHy7tHTroJUSGVLo15gz35zaSVnfqnsE5P7tXEEYhP2pyP2NWWWxLBP_pbqIREkPtil_Z4tzsQnxdpi2Qj87VQXTCR8usKpY5Bcw07oem2bPDP/s1600/howto10.png"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 92px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmBpzlKKR5c2aGdbqox0ItAxKtL2S0JMIHy7tHTroJUSGVLo15gz35zaSVnfqnsE5P7tXEEYhP2pyP2NWWWxLBP_pbqIREkPtil_Z4tzsQnxdpi2Qj87VQXTCR8usKpY5Bcw07oem2bPDP/s200/howto10.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5501385270323514818" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">O que irei escrever hoje? Ah, ok, ok, nem vou escrever, ok, na verdade vou, mas enfim.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">Estes dias falaram sobre a possibilidade de se possuir um perfil fake onde utilizaria, nada mais, nada menos, do que o seu próprio rosto para ilustrá-lo. Ok, para uma navegante do mundo azul calcinha poderia dizer com propriedade a primeira regra deste mundo "Não usar seu rosto pra um perfil fake". É, porque do contrário perde-se a essência da brincadeira. Há muito mais por trás de um simples perfil onde se pega fotos alheias (totalmente sem permissão, claro) e as utiliza, com o intuito de conversar com pessoas desconhecidas apenas pelo prazer de conhecer gente nova, que tendenciosamente nunca encontraria na rua e pararia para conversar(pelo menos eu, meus sapatos são mais interessantes que o mundo HAHAAHAH).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"> Ern, estou com sono e amanhã continuo o assunto, porque perdi o fio da meada. Só lembro que iria imortalizar postagens do meu perfil mais xodó do mundo (Andie Anderson own*) e as postagens do meu aniversário de 300 anos atrás, mas que é melhor guardar antes que mais alguém se delete (leia-se Juliana, Vivi e companhia limitada. HAHAAHAAH). </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">Own, li o post da María Elena e tipo, gamei de novo, então colocarei só o dela por hoje. *-*</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(132, 0, 0); line-height: normal; font-family:Arial, sans-serif, Verdana;font-size:12px;">"Maridínia, antes de começar com as minhas babaquices emocionais, devo explicar porque estou me pronunciando só agora. <b style="font-weight: 700; ">cry*</b> Estou sem net, e agora dependo da net do Mike quando ele vem. Mas um dia antes eu já estava com ele, bolando planos mirabolantes (que no fim não deram em nada) pro seu aniversário. Ow derrota [/Andie], justo no seu aniversário estou em Madri?<br /><br />Li tudo, achei tudo lindo e concordo com todo mundo, o que limita muito meu post, o que é péssimo.<br />Mas vamos lá, chover no molhado, não é mesmo?<br /><br />Andie é a pessoa mais coração aberto daqui, como Phil bem disse, ela é o que é, Andie não faz tipo, não faz gênero, ela é essa menina sapeca, que tem um jeitinho doce, mesmo quando fala de sacanagens (Form criou um montro, e Phil ensinou tudo a ele, gente. AHUAHUAHAUHAUHAUHAU), que mesmo sofrendo, ri, mesmo chorando, se mantém otimista, mesmo quando chegamos a conclusão que não temos mais pra onde afundar, ela vê que pelo menos paramos de cair. Andie não faz drama, Andie é simples, e isso não a desmerece, ao contrário, isso a torna única num lugar onde todo mundo é bipolar, complexo, tem câncer terminal... Andie é aberta (devia ser menos, dels como sofro), ingênua, carinhosa, meiga e o sorrisão? E o popôzão? Ela é toda boa, de corpo, alma, mente e coração. Ela não vê na outra uma ríval, ela vê uma amiga, uma irmã, e é como todas nós a vemos.<br />Não tenho muito mais o que dizer, ela sabe bem tudo o que sinto, e o que nossa amizade significa na minha vida, sabe que eu a amo, e que morro de saudade de entrar aqui e rir, rir como uma hiena das nossas vidas (nem me desejaram uma boa vida =) me sinto excluída?) de como rimos da vida dos outros, de como rimos, ponto. AHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHU<br />2010 é o ano, Maridínia. Esse ano a coisa vai ou racha. AHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA<br />Profetizei (crente da Universal) que esse ano tudo ia melhorar pra gente, já começamos botando os encosto de escanteio, feng shui? Acho que é isso, primeiro tiramos o lixo pro que é bom entrar.<br /><br />E acho 22 anos uma idade muito digna pra que certas coisas aconteçam, sacou, sacou? AHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAUHA<br />Argh, chega, eu disse ali que não tinha muito a dizer, e olha eu falando mais que o homem da cobra?<br />Te desejo o melhor na sua vida, que a gente logo mais se encontre (sinto que desse ano não passa), que você seja uma mulher realizada e plena em todas as áreas da sua vida, que não esqueça dos amigos de fundo de poço quando tudo ficar bem, nada de desejar boa vida pra gente =) ok? HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAH<br />Maridínia, eu não vejo mais a minha vida sem você. çç<br />Que seja doce, como bem diz a nossa Soso. *-*<br />Amo você, sou sua fã número 1! [/Annie Wilkes] Queria te trazer pra minha casa, te amarrar na cama e cortar seus pés pra que nunca mais fosse embora. <b style="font-weight: 700; ">ain*</b> Ern.. ok, eu amo você e pode ficar aí, e se quiser vir aqui, prometo deixar voltar pra sua mamys, palavra mesmo. çç. AHUAHAUHUAHAUHUAHAUHUAHUA<br />Tô falando muito abobrinha, é o sono, tenso.<br />Tenha uma boa vida, maridínia! [/Sem ironia/Garrett]</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(132, 0, 0); line-height: normal; font-family:Arial, sans-serif, Verdana;font-size:12px;"><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Arial, sans-serif, Verdana;font-size:100%;color:#840000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:12px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">Descobri que isto nunca foi respondido e me senti absurdamente relapsa. No dia tinha gasto tudo com a postagem para o Phil e minha maridinia ficou, mas ern, amanhã eu digo o que penso. Melhor, amanhã vou escrever pra todo mundo (Reparem como não sei o que quero da vida.)</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;">Minha inspiração sumiu com o frio, por isso os textos melancólicos ficam para a hora que o frio passar. HAAHAAH</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 17px; font-family:tahoma;font-size:12px;"><span style="color:#666666;"><br /></span></span></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-73012654025507317952010-08-02T13:37:00.000-07:002010-08-02T13:42:46.276-07:00Relapsa.<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; "><center style="text-align: justify;"><span style="font-family:tahoma;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">Ok, ando relapsa pra sempre. Voltarei a postar. Há quem diga que melancolia é o combustível para quem escreve. Bom, meu oitavo pecado capital, está presente de novo. (Sim, a melancolia é considerada o oitavo) Mas prometi escrever textos menos tristes e até na terceira pessoa, vamos ver se na próxima rola. HAHA. Arrivaderi ;*</span></span></center><center><span style="font-family:tahoma;"><span style="color:#666666;"><br /></span></span></center><center style="text-align: justify;"><span style="font-family:tahoma;"><span style="color:#666666;"> <span class="Apple-style-span" style="color:#000066;">O dedo pulsa em protesto. A lâmina corta deixando em si um pequeno rastro de sangue. É ai que a dormência vai embora. A música ecoa em minha cabeça alta e clara</span> </span><i><span style="color:#CC33CC;">"I'll cut my skin to show you I'm alive"</span></i><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;">. Era o que se passava nestes pequenos segundos que observava a pequena gota de sangue aumentando ali. A dormência continuava em todas as outras partes do corpo, exceto ali. A dor, pequena mas persistente, existia e provava que ainda havia vida ali. Esta tal dor aos poucos se espalha por todo o corpo e é dificil aguentá-la, algumas lágrimas saem dos olhos ao passo que a dor some. Não era mais a dor causada pelo corte, era a dor de uma alma que se calou diante do que viu e do quanto fora idiota. Era forte, tinha que ser assim, pelo menos aos olhos dos outros. As lágrimas logo sumiram e o sorriso brotou novamente. Era minha melhor máscara, que trazia acoplada as piadas, as gracinhas, a fantasia de boba da corte. De fato era boa nisso. </span></span></center><center style="text-align: justify;"><span style="font-family:tahoma;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"><br /></span></span></center><center style="text-align: justify;"><span style="font-family:tahoma;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000066;"> A máscara apenas esconde as cicatrizes e dá abertura pra que novos horizontes apareçam quando menos se espera. O sorriso de uma pessoa não tão desconhecida, o abraço de alguém que se estima, o toque da mão na de outro alguém sem que nenhum dos dois espere isto, o riso frouxo que vem sem pedir licença, a companhia mais querida e amada que tanto faz falta, a canção que toca no fundo enquanto as pessoas falam, sem nem ao menos notar a melodia que os embala. É, a máscara é linda e tem me levado a ver tudo o que a dormência estava impedindo.</span></span></center></span>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-13663473224238055882009-12-14T18:58:00.000-08:002009-12-14T19:28:29.695-08:00All alone I fall to pieces<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0LJ4zndgih7Y9fmWCrIssFvYMi8BQ8QnOLgH4sl7xj_iRpZLTlcnP8YMZl8R5gsKtUe-H1bRu1A2rLIx3G0-Hg3tkwUzhRpAj9r2W6B6ChCKfPQ-EfJ_gOK6yuJ5xdgaLD22HSQsYMqRL/s1600-h/co3.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0LJ4zndgih7Y9fmWCrIssFvYMi8BQ8QnOLgH4sl7xj_iRpZLTlcnP8YMZl8R5gsKtUe-H1bRu1A2rLIx3G0-Hg3tkwUzhRpAj9r2W6B6ChCKfPQ-EfJ_gOK6yuJ5xdgaLD22HSQsYMqRL/s200/co3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415298978850894130" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 102);font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Preguiçosamente finalmente sai da cama, mexi o pescoço preguiçosamente, focando na cortina, não queria pensar, não queria pensar nunca mais, se fosse possível. Pensar me trazia as reviravoltas e aquilo me dava enjoo. Algumas coisas simplesmente podiam ter o poder de desaparecer, sem que se fizesse força. Chacoalhei a cabeça e fui dando um passo atrás do outro, meus passos eternos em direção ao abismo, o abismo que a garota boba busca para si inconscientemente. A porta do quarto revelava a escuridão do corredor e uma luz piscava no fim dele, a música ficava mais alta e luz aumentava, na mesma proporção que a voz dele ficava mais alta, mais clara. Os passos se apressaram e a música agora tinha um tom de melancolia, havia dor em cada palavra, aquilo me pegou e por uns instantes fechei os olhos e me permiti pensar. Tudo veio como um tapa na cara, era como se os cacos caíssem todos em minha cabeça, os cacos dos amores, os cacos dos sonhos quebrados, os pedaços mínimos de partes minhas que jamais voltariam. Era impressionante observar que tudo podia fica tão pequeno, que aos olhos de quem está de fora, são só os caquinhos de um cristal insignificante.<br />Ali parada os cortes inexistentes ardiam e era como se eu conseguisse os sentir sangrar, arder e cicatrizar, tornando a pele um emaranhado de cortes desordenados, mas cheios de história. Alguém disse que nossas cicatrizes contam nossas histórias e no fim, elas contam mesmo, para aquele que pergunta 'O que houve em seu dedo?' e a pessoa responde 'Ah, cortei com uam faca sem querer quando eu tinha 10 anos e ficou assim', ai está uma história simples sobre uma cicatriz, mas como se faz quando elas não podem ser vistas ou sentidas? Sim, aquelas que ardem ao vislumbrar o motivo que as fizeram ser criadas, aquelas que só você toca e que vê por toda parte e nada fará com que ela suma. Não tem plástica que cure a dor da alma e a minha ardia há tempos, a minha se despedaçava e com muito custo juntava cacos, sem conseguir montá-la por inteiro, até que algo ou alguém a chutasse de novo e os cacos voltassem para o chão. O coração se contraiu num espasmo de proteção, ele tentava se proteger do emaranhado de sensações que apenas o fato de pensar trazia. Os olhos tentaram reagir, de alguma forma, já secos e exaustos, eles não tinham mais tanto pra externar, apesar da tentativa.<br />A cabeça bateu na parede e o corpo deslizou por ela, dando alguns passos em direção a sala. A voz que cantava agora era outra, a música era triste, mas não tinha a mesma emoção do meu companheiro de sempre, os lábios se mexeram sem fazer som, a melodia era cantarolada pelos lábios silenciosos, enquanto a cabeça continuava trabalhando sem parar. <span style="font-style: italic; color: rgb(51, 102, 255);">"Won't you drive away? 'Cause I'm no good for you, there's no place in this place that was built for you"</span> Os braços se encolheram a medida que ia me sentindo mais só em meio aos pensamentos, em alguns instantes lembrei de Bella e seu sofrimento silencioso, os sonhos, a solidão constante, no fim ela devia satirizar a vida real e ela devia vir tirar sarro do sofrimento de fato, ou apenas mostrar que é real e que é passível de acontecer por ai. Eu estava sozinha, era a verdade.<br />O sofá parecia tão distante e a música mudara mais uma vez, a tv ligada mostrava aqueles grandes olhos na tela, ele lutava com suas emoções para cantar ali. A câmera pegava toda e qualquer nuance de emoção que passava por ele. A melodia era triste, o tom era suave, era fácil saber como as pessoas caiam em lágrimas ao escutarem. Meus olhos ainda pareciam impassíveis, mesmo olhando-o ali, os pés inconscientemente me arrastaram para perto do sofá e ali sentei. Os cotovelos tocaram os joelhos e as mãos apoiaram a cabeça, os olhos não se mexiam, estavam fixos nos olhos brilhantes dele, os olhos que se controlavam para não chorar no meio da multidão. A voz estava mais rouca que o normal, o arranjo parecia mais calmo que o convencional, até ele explodir em bateria e guitarra. A boca cantava e mesmo assim a voz ainda não saía. <span style="font-style: italic; color: rgb(51, 102, 255);">"When all you know seems so far away and everything is temporary, rest your head, I'm permanent" </span>Os olhos na tv queriam chorar e logo se marejam e em algum milagre, os meus fazem o mesmo. Havia dor nele, havia muito mais ali do que as câmeras poderiam mostrar.<span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;"> "I know he's living in hell every single day and so I ask: Oh God is there some way for me to take his place? And when they say it's so touch and go, I wish I could make it go away, but still you say"</span> As escassas lágrimas rolavam pela face enquanto já pedia desculpa a mim mesma por ter deixado que elas caíssem. Os lábios ressecados são mordiscados por uns instantes, enquanto mais flashs passavam e diante dos meus olhos via que havia quebrado todas as promessas que fiz a mim mesma.<br />Prometi me fechar num casulo e não deixar que nada ou ninguém entrasse. Prometi ser forte. Prometi não me abalar com a falta de cuidado das pessoas, apenas achar normal. Prometi me cuidar acima de tudo. E no fim, apenas prometi e descumpri tudo e por algum motivo evidente, não me sentia melhor. Os cacos imaginários continuavam batendo no chão e a respiração mais uma vez se tornou profunda. Não havia mais o que pensar, estar ali sozinha no escuro mais uma vez me quebrava por dentro e não podia reclamar, meus caminhos me levaram pra onde estou.<br />Os passos me levariam ao abismo de fato, minhas escolhas simplesmente seriam a estrada e um dia ficaria cara a cara com o tal abismo e abriria os braços e simplesmente me deixaria voar por alguns instantes. A cabeça ficaria vazia por alguns instantes, como se fosse um pássaro com uma asa quebrada, caindo e caindo.<br />Chacoalhei a cabeça novamente e voltei a olhar a noite que já virava dia em minha janela. Lá vinha mais um dia, mais um dia. <span style="font-style: italic; color: rgb(204, 51, 204);">"This is temporary sanity, an exercise in vanity, so long to the ordinary day. Wrought with fictitious tales of how there’s any other way, hold on to anything at all"</span> </span><span style="font-size:100%;">Era só mais um dia ordinário e comum, não havia com o que me preocupar, era só dia.<br /></span><span style="font-size:85%;"><br /></span></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-40089084587099337352009-08-24T22:28:00.000-07:002009-08-24T23:09:29.065-07:00Nudez Superestimada<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_2cXQCMAXXW-Hs2wLDX5kDcro-OwhIzOFdozj_8lChkqfOnLhRVHfx64KPO0DPySW7ZKRPll5ogH6sgGWpgzZ0BGXcl-QPNBIciEEQPLQuhVm2BwZBS9_yOIT1es6QE01weVqKsP0bG2B/s1600-h/naked.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 256px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_2cXQCMAXXW-Hs2wLDX5kDcro-OwhIzOFdozj_8lChkqfOnLhRVHfx64KPO0DPySW7ZKRPll5ogH6sgGWpgzZ0BGXcl-QPNBIciEEQPLQuhVm2BwZBS9_yOIT1es6QE01weVqKsP0bG2B/s320/naked.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5373778231515525138" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(51, 51, 153);">Em menos de cinco passos que só eu ouviria ecoar, um holofote me cegaria por cinco segundos e os gritos começariam. Não, não era uma rock star ou uma diva teen esperando uma platéia de adolescentes na puberdade quando aparecesse no tal palco. Era uma stripper e só. Não havia glamour no que fazia. Era um belo pedaço de carne, exposto para que os abutres tirassem pequenas lasquinhas, pequenos pedaços do que achavam apetitoso. Se eles soubessem como desprezava cada um deles, como olhá-los nos olhos e ver aquela luxúria barata e abusiva me dava vontade de vomitar até que meus intestinos escorressem por minha boca. Ah, a revolta... já era minha amiga desde que havia entrado naquela vida. Ela me fazia aguentar noite após noite ali, naquele mesmo antro de urubus famintos e de garotas almejando conquistar um homem rico e que as fizessem mulheres dignas. E o papai Smurf iria ser o padrinho do casamento. Pobres iludidas, mal sabiam que continuariam ali até que seus seios se desalinhassem aos poucos, seu bumbum não fosse mais tão empinado como antes e seu rosto começasse a ter sinais de cansaço, fadiga da vida que levavam naquele submundo, naquele mundinho a margem da vida normal, da vida aparentemente perfeita de muitos.</span><br /><br /> <span style="color: rgb(51, 51, 153);">As pernas se juntaram e se separaram enquanto roçavam uma na outra, nos tais 5 passos que me separavam dos meus cinco minutos de fama e degradação diários. OS homens se levantaram e os gritos começaram. <span style="font-weight: bold;">Dança, vadia.</span> <span style="font-style: italic;">Rebola pro papai aqui ver.</span><span style="font-weight: bold;"> Como queria te ver de quatro. </span>As palavras eram tão baixas em certas horas queria ser surda, simplesmente surda. Olhei para o lado e com tal movimento, a música começou, os gritos tornaram-se mais baixos em contraste a música. A mão roçou pelo corpo enquanto as pernas iam se afastando, a música era o típico som depressivamente sexy que fazia uns e outros terem ereções apenas com a perspectiva de ver uma mulher nua com tal som. O quadril se mexia, suavemente aos primeiros compassos, as mãos ainda passeavam pelos pequenos pedaços de roupa que usava, elas roçavam despudoradamente por entre minhas pernas e os gritos se tornavam mais promíscuos. Como eles podem ser tão fáceis? Como eles podem se entregar por tão pouco? O mundo era de fato abominável. As alianças brilhavam conforme as luzes passavam por todo o ambiente. As esposas esperavam em casa, aquele bando de cachorros no cio, procurando a forma mais depressiva pra se mostrarem machos e viris. Saberiam eles como dar um orgasmo multiplo? As mãos soltaram-se do corpo e agarraram o mastro em minha frente, mastro este que tinha diversos nomes e alguns outros que preferia nem lembrar, as mãos se apertaram contra ele e uma das pernas subiu, prendendo-se ao redor dele, rocei o corpo ali, enquanto o quadril ainda rebolava, algumas mãos roçaram em minha perna e se alguém ali ligasse pro jeito que meu olhar mudava, saberiam o que pensava.</span> <span style="color: rgb(51, 51, 153);"><br /><br />Mas do que importa o que penso ou deixo de pensar, certo? Sou apenas a vadia que deve se abaixar para que os trocados amassados, cheirando bebida sejam acoplados em sua calcinha e que ainda deve sorrir com tamanha generosidade. É, ficaria rica, uhu. Após abaixar pra tal cena degradante, uma mão bateu em minha bunda e fez com que levantasse rapidamente, eu teria chutado a cara do infeliz, mas para que? Pra perder o emprego mais maravilhoso do mundo? A mão caminhou em direção ao feiche do pequeno shorts que usava, a outra acompanhou e ambas soltaram as laterais e com um movimento brusco puxei o pequeno pedaço de pano, me livrando de tal vestimenta. <span style="font-style: italic;">"É, agora é só tirar o sutiã e posso ir pra casa, a não ser que..." </span>A dança continuava, suja e fétida, não havia sentimento de satisfação nenhum ali, no entanto, nenhum dos olhos ali notava isto. O quadril rebolava mais rapidamente, enquanto o pudor ia embora com cada passada de mão por meu corpo. As mãos logo soltaram o laço do sutiã e os seios se libertaram. O dono do local parecia satisfeito com o fervor que a platéia bêbada reagia a cada movimento, era patético. Não demora para que abaixe e comece a engatinhar para perto dos cães sarnentos no cio, as notas eram depositadas em minha calcinha a cada pequeno movimento que fazia, eles tiravam suas casquinhas e eu levava o dinheiro, dinheiro de bêbado pinicava, era sempre amassado, como eles conseguiam? Nem importava.</span><br /><br /><p style="color: rgb(204, 51, 204); text-align: center;">Naivety and childhood left behind<br /> deprived of goodness of mankind.<br /> Past encounters have made her strong,<br /> strong enough to carry it on and on.</p><p style="text-align: center;"><span style="color: rgb(204, 51, 204);">Undress you with her eyes, uncover the truth from the lies.</span><br /></p><br /> <span style="color: rgb(51, 51, 153);">A música estava quase no fim e com mais algumas engatinhadas, cheguei ao mastro novamente e agarrei-me ali, subindo como uma cobra com movimentos certos, calculados e ensaiados, mecânicos. Soltei-me dele ao estar em pé e com um novo movimento brusco, livrei-me da calcinha, os olhos se arregalaram em volta, enquanto as notas iam quicando no pequeno palco. Estava nua, simplesmente nua quando a música acabou. Por que supervalorizavam a nudez sendo que ninguém a observava direito? Não estava só com o corpo desnudo, a alma estava ali exposta. Meus olhos diziam o que precisava que vissem, meu asco, minha revolta, a tristeza crônica, a melancolia, estavam todos ali, misturados, fundidos em tudo que eu era. Eu gritei no silêncio do meu vácuo interno. <span style="font-style: italic;">Alguém me ouve? Alguém me vê? </span>Não, não viam, o mundo era simplesmente limitado demais e aquilo aumentava aquele bolo que rodava dentro de mim. Olhei pro chão e as peças jogadas ali, as notas espalhadas por ali, olhei pra minha própria nudez e constatei que ali, o que era e sentia não significava nada, desde que meu corpo continuasse perfeito pra apreciação pública. Os passos me levaram pra fora dali e então gritei, grito este que me rasgou, era como se ele trouxesse garras que dilaceravam a pele e tornavam a dor latente. <span style="font-style: italic;">O dia seguinte seria diferente, eu tinha certeza disso..</span></span>.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="color: rgb(204, 51, 204);">This angel's dirty face is sore, holding on to what she had before.</span><br /><span style="color: rgb(204, 51, 204);"> Not sharing secrets with any old fool, now she's gonna keep her cool.</span><br /> <span style="font-style: italic; color: rgb(204, 51, 204);">She wants to get naked...</span><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">(Música de </span><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-family:tahoma;" >Spice Girls/Andy Watkins/Paul Wilson)</span></div></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2352940131816212154.post-80595196133013054082009-08-15T19:17:00.001-07:002009-08-15T22:41:54.900-07:00Passos que me levariam ao abismo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXPgT_kcdwG9t6khT527wfmFJnslkNs9Y0Z2kEz9d7HF3iwo9DQjp0RmrAP3kfUXn3b5W_YxfO35GZCGZwnvn5BZoAfoxzDVkmlXsoxYVI-JYmy1dUYhq3RmsVGyfDvnJLmi8FGza-1SFX/s1600-h/p5.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 98px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXPgT_kcdwG9t6khT527wfmFJnslkNs9Y0Z2kEz9d7HF3iwo9DQjp0RmrAP3kfUXn3b5W_YxfO35GZCGZwnvn5BZoAfoxzDVkmlXsoxYVI-JYmy1dUYhq3RmsVGyfDvnJLmi8FGza-1SFX/s320/p5.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370382224411333378" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(25, 25, 112);">Meus pés, ah meus pés... Era engraçado como eles eram o único ponto em mim que olharia quase que constantemente. Os acompanhava a cada movimento, um hábito bobo de quem é inseguro demais. Olhar os pés é tido como algo bonitinho por uns e por outros sinal de fraqueza. Seria fraqueza minha confiar neles? Não, não seria. Era a garota do tênis velho e surrado que não se preocupava muito com a roupa certa ou com o que queriam que eu fosse, apenas era eu. O cadarço roçava pelo chão sujo e ao fim do dia, mostrava o quanto tinha andado pelo seu tom quase preto. "Foi um dia cheio"- constatei silenciosamente enquanto tirava os tênis e escorregava pelo chão em minhas meias despareadas, uma azul e a outra vermelha. Como parecia criança, uma criança boba e burra, ou melhor, nem tão burra assim.</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(25, 25, 112);">Meus passos como sempre, me levaram a algum lugar, a cozinha. Lá achei o que precisava para refletir sobre o dia, as descobertas e os regressos, que insistiam em acontecer, lá estava meu brigadeiro, certamente duro por ter passado o dia na geladeira.Não precisaria de uma colher, o dedo parecia uma boa colher naquele momento, era suficiente. Passei-o pela superficie do doce, forçando a entrada enquanto os pensamentos começavam a flutuar pelo ambiente e o silêncio ia desaparecendo. As palavras ditas pelas pessoas ecoavam no ar, as minhas palavras voavam pelo ar, não as ditas, as que calei, aquelas que poderiam ter saído sem pensar e que segundos antes, as tranquei, evitando que guerras e ogivas nucleares explodissem. Por que calar tanto? Por que se fechar tanto? Não sabia a resposta, nem o porque, apenas fazia mecanicamente.</span><br /><br /><span style="color: rgb(25, 25, 112);">Os pés estavam agora em cima da cadeira e as pernas encolhidas enquanto meu queixo repousava calmamente entre os joelhos. A mão ainda estava parada no doce em minha frente, estática, mesmo que pudesse sentir o doce grudento entrando embaixo da unha. Então em meus olhos perdidos, veio a imagem do porque aquele dia havia sido diferente do habitual. Eu vi lágrimas alheias, não eram lágrimas de um drama habitual, eram lágrimas de uma traição do pior tipo. Elas escorriam pelo rosto daquele homem, que naquele momento, parecia mais um garoto desamparado, sem rumo e perdido. Meu impulso foi de abraçá-lo e dizer que tudo passaria e ficaria bem, assim que sua última lágrima caísse, mas não estava em uma história infantil e não passaria rápido. Meus braços o envolveram e sem resistência, ele deixara que tomasse conta dele, ou pelo menos, o amparasse. Nem de longe era a imagem que costumava se ter dele. Onde estava a pose, a confiança e o olhar que te atingia de cima pra baixo, como se analisasse toda sua expressão corporal? Elas não estavam ali, simplesmente evaporaram, ali ele estava, nu, desprotegido, apenas a essência. Ele não era agora o galã das mulheres, o cara que por onde passava, quebrava corações e os dilacerava e no fim, sentia-se completo. Ali faltavam pedaços, pedaços que foram caindo a cada lágrima, como se se não estivesse amparado, teria se partido ao meio. Tudo que pensei em dizer, poderia apenas piorar o que parecia ruim. Ele soltava palavras desconexas em meio ao choro, algumas outras, eram inaudíveis, mas sentia seus lábios se movendo contra meu ombro, ombro este já úmido pelo fluxo de lágrimas. Meus braços maternalmente se apertaram ao seu redor, o tempo passou sem que soubesse quanto, logo sua voz saiu, ainda trêmula, palavras espaçadas, conexas de algum jeito: "Eu... eu abaixei a guarda... não podia, não devia e... Ela não sente o mesmo, ela disse... ela disse" Articulei a boca para responder ao que ouvi, mas tornei a me calar. Não sabia o que poderia se transformar caso dissesse o que pensava sobre o ocorrido. Logo suas lágrimas foram tornando-se escassas e logo se acalmou. O olhar de conquistador voltou ao seu rosto, ele tornou a endireitar os ombros e o garoto frágil tinha sumido de novo e o homem galante voltara. Ele beijou minha testa, olhou em meus olhos por alguns instantes, em sinal de agradecimento e saiu pelo mesmo lugar de onde veio.</span><br /><br /><span style="color: rgb(25, 25, 112);">Aos poucos fui voltando para a cozinha, pro lugar em que estive o tempo todo, antes que as memórias me levassem longe. Tornei a olhar pro brigadeiro em minha frente e ele não parecia mais apetitoso, tirei o dedo que se afundara nele e limpei com um guardanapo.</span><br /><br /><span style="color: rgb(25, 25, 112);">Meus pensamentos me levaram mais uma vez as palavras que não foram ditas e repassei cada uma delas em minha cabeça: <span style="font-style: italic;">"Dói não é? Dilacera e é como se cada célula do seu corpo estivesse sendo esticada ao extremo e tudo que quer é gritar. Fora traído, traído por sua própria carapuça, por seu próprio personagem. As lágrimas brotam, cada vez que está sozinho em sua cama, sozinho, no escuro, ninguém vê, ninguém ouve, sua máscara está segura. A sua máscara está segura comigo. Mas agora sabe como se sente alguém que tem os sonhos, planos, vontades e sentimentos estilhaçados. Apenas junte-se ao grupo. Sofrer faz parte, se despedaçar faz parte de estar vivo. Então sinta-se vivo e em ocasiões futuras, desmonte o personagem mais vezes e mostre estar vivo, arrisque, quebre a cara, olhe nos olhos ao invés de fitar o decote em sua frente. Não precisa se cortar para sentir-se vivo, não precisa usar pra estar vivo. Apenas viva, ame, cuide e respeite e sentir-se-á vivo."</span> Seriam as palavras que almejava dizer, mas qual seria o sentido? Ele nunca notou antes, ele nunca foi atento aos sinais, ele apenas deixou que as pessoas a sua volta se sacrificassem por seu personagem galante. Um dia ele saberia, um dia ele entenderia e quando caísse em si, eu estaria esperando, novamente com o abraço apertado pra que não se despedaçasse, para ele sair mais uma vez, terminando sua noite com outra pessoa...</span><br /></div><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(25, 25, 112);">Balancei a cabeça negativamente e em um pequeno salto sai daquela cadeira e fui para a sala, apertei o play do mp3, esperando que ele tocasse a melodia que me embalava nos últimos tempos. O corpo se mexia, sem que as pernas saíssem do lugar, era a dança da libertação. David Cook sabia exatamente o que pensava e cada música sua, encaixava-se com meus medos, meus traumas, meus problemas e minhas dores... <span style="color: rgb(255, 110, 180);"><span style="font-style: italic;">"Can you remember me with all that I can see? A hole in my head because you were mine, like a closed book you can read brings back those memories on how everything looks outside... I'll swin in you, if you drown in me, we'll search everywhere for a happy ending. Incarcerate, rest peacefully..."</span></span></span><br /></div>Pandemoniumhttp://www.blogger.com/profile/14340128769111110536noreply@blogger.com1