A música havia começado e ela não havia notado que Tom estava ali. As mãos dele se prenderam em sua cintura, abraçando-a por trás, sem pressa. Ela deu um pequeno pulo de susto e logo se aconchegou em seus braços. Ambos em silêncio. Tom apertou-a um pouco contra seu corpo conforme aproximou os lábios de sua bochecha, depositando ali um beijo demorado. Ela abriu um sorriso bobo ao passo que as mãos dele a giraram no eixo em que se encontrava, fazendo com que ela virasse de frente para ele. Mandy notou o brilho nos olhos dele e sorriu, sem dizer absolutamente nada. Seus braços se prenderam ao pescoço dele e os olhos dela não desviaram dos dele. Ele sorriu, calmo e singelo. Tom desviou os olhos para os próprios pés, enquanto arriscava dar um pequeno passo para o lado, seguido de um outro na mesma direção. Ela riu e o acompanhou, apertando-se em seus braços. Ele voltou a olhar para ela e aproximou o rosto até que a lateral do seu nariz tocasse o nariz dela. Um podia sentir a respiração do outro próxima e calma. Ele foi o primeiro a falar, baixinho:
- Já peço desculpas se pisar no seu pé, amor. – Ele sorria apenas com o canto da boca e vez ou outra desviava os olhos para os pés, apenas para se certificar que, apesar de desajeitados e tímidos, nenhum deles fosse pisar no lugar errado.
We can't escape and watch the world chasing to find us, Both of us hidden from view, if you fade into me. ---
- Já peço desculpas se pisar no seu pé, amor. – Ele sorria apenas com o canto da boca e vez ou outra desviava os olhos para os pés, apenas para se certificar que, apesar de desajeitados e tímidos, nenhum deles fosse pisar no lugar errado.
Ele não havia notado o sorriso bobo dela. Ela sempre se imaginou dançando com ele ao som daquela música. Eram apenas os dois ali e certamente o mundo podia ter parado de rodar, ela não teria notado. Ali nos braços dela, ela se sentia parte dele, como se fossem um só. Ela se apertou nos braços dele e logo tocou os lábios dele com os seus, selando-os demoradamente, antes de sussurrar contra a sua boca:
- Sabia que eu amo quando realiza minhas vontades mais bobas e adolescentes? – Ele não a respondeu, apenas se afastou e agarrou uma das mãos dela, rodopiando-a uma vez, antes de puxá-la para junto de si, beijando seus lábios demoradamente.
Os olhos dela se abriram e ela sorriu para si mesma, frustrada ao constatar que aquela dança tinha sido apenas fruto da sua imaginação. A música era a única coisa real, aparentemente ela se repetiu todo o período em que ela havia dormido. Mandy, como no sonho, não havia notado que Tom estava parado ao lado da cama. Ele se aproximou dela, ajoelhou-se em sua frente e olhou em seus olhos, abrindo um sorriso instantaneamente. Ele estendeu uma das mãos para ela, enquanto com a outra, levou até o colo dela uma margarida cor-de-rosa. Ela olhou para a flor e depois para ele, agora sorrindo. Antes que dissesse qualquer coisa, Tom lhe perguntou baixinho:
-Amor, me daria a honra desta dança?
Not gonna fall in, drown in the moment with me
Sinking till we start to breathe
(Fade into me – David Cook)
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