segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Relapsa.

Ok, ando relapsa pra sempre. Voltarei a postar. Há quem diga que melancolia é o combustível para quem escreve. Bom, meu oitavo pecado capital, está presente de novo. (Sim, a melancolia é considerada o oitavo) Mas prometi escrever textos menos tristes e até na terceira pessoa, vamos ver se na próxima rola. HAHA. Arrivaderi ;*

O dedo pulsa em protesto. A lâmina corta deixando em si um pequeno rastro de sangue. É ai que a dormência vai embora. A música ecoa em minha cabeça alta e clara "I'll cut my skin to show you I'm alive". Era o que se passava nestes pequenos segundos que observava a pequena gota de sangue aumentando ali. A dormência continuava em todas as outras partes do corpo, exceto ali. A dor, pequena mas persistente, existia e provava que ainda havia vida ali. Esta tal dor aos poucos se espalha por todo o corpo e é dificil aguentá-la, algumas lágrimas saem dos olhos ao passo que a dor some. Não era mais a dor causada pelo corte, era a dor de uma alma que se calou diante do que viu e do quanto fora idiota. Era forte, tinha que ser assim, pelo menos aos olhos dos outros. As lágrimas logo sumiram e o sorriso brotou novamente. Era minha melhor máscara, que trazia acoplada as piadas, as gracinhas, a fantasia de boba da corte. De fato era boa nisso.

A máscara apenas esconde as cicatrizes e dá abertura pra que novos horizontes apareçam quando menos se espera. O sorriso de uma pessoa não tão desconhecida, o abraço de alguém que se estima, o toque da mão na de outro alguém sem que nenhum dos dois espere isto, o riso frouxo que vem sem pedir licença, a companhia mais querida e amada que tanto faz falta, a canção que toca no fundo enquanto as pessoas falam, sem nem ao menos notar a melodia que os embala. É, a máscara é linda e tem me levado a ver tudo o que a dormência estava impedindo.

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